Ator, produtor e diretor, Clint se tornou conhecido por filmes de faroeste, mas ao mudar personagens, provou que é bom no que faz
Houve época em que Hollywood produzia filmes de faroeste a rodo. Era uma forma de enfrentar a concorrência dos italianos, que haviam inundado o mercado com o que se tornou conhecido como western spaghetti. Mas Hollywood tinha um problema – os atores, como John Waine, estavam ficando velhos e cansados. O cinema buscou outros intérpretes, e acabou achando Clint Eastwood.
No começo todos achavam que ele era um italiano com pseudônimo americano, suspeita reforçada quando Clint atuou em três filmes sob direção de Sérgio Leoni – Por um Punhado de Dólares, Por Uns Dólares a Mais e Três Homens em Conflito. Descobriu-se então o que era Clint – um cowboy justiceiro de olhar impenetrável, que falava pouco e atirava muito.
Das pradarias e montanhas do velho oeste americano, Clint mudou seus personagens para inspetores de polícia, xerifes, soldados, astronautas e até agentes secretos. Ora dirigia, ora interpretava. Conseguiu dois Oscars – um de melhor filme, outro de melhor diretor – por Os Imperdoáveis (1992) e Menina de Ouro (2004). Seu trabalho mais recente é o filme A Mula, que interpretou e dirigiu, contando a história de um ex-militar que se bandeou para o tráfico de drogas. Surpreendeu pelo romantismo em A Ponte de Madison, e por seu heroísmo em Gran Torino.
Fora dos estúdios, Clint Eastwood se dedicou à política. Foi prefeito de Carmel, uma pequena cidade no estado da Califórnia, declarou que votaria em Donald Trump mas que agora não vota nele para um segundo mandato. Mas nem tudo foram flores nesse tempo de carreira – mais de uma vez Clint foi acusado de estimular a violência devido aos seus personagens nada calmos.
