Enquanto nós, seres humanos, enfrentamos o medo e a insegurança por causa da pandemia do novo coronavírus, a Terra permanece em pausa, apresentando, aliás, uma quietude incomum.
O confinamento social imposto mundo a fora, fez com que bilhões de pessoas permanecessem dentro de casa. Trata-se de um acontecimento sem procedentes, cujas consequências os cientistas estão começando a medir.
São ruas vazias, lojas fechadas, carros estacionados. Tudo isso reduzindo o que os geólgos chamam de “ruído sísmico” gerado pelos seres humanos.
O termo descreve as vibrações que nossas atividades diárias causam na crosta terrestre.
O que está acontecendo?
Digamos que é como se várias pessoas estivessem – antes da pandemia – pulando em um colchão ao mesmo tempo e, de repente, todos parassem.
Há três semanas, quando as medidas de contenção começaram a serem medidas pelo Observatório Real da Bélgica, começou a perceber que seus equipamentos indicavam uma drástica diminuição nas vibrações.
Desde que as medições começaram a ser publicadas por sismólogos do Observatório começou relatos a chegar de que algo semelhante está acontecendo em várias partes do mundo, como Zurique, Londres, Paris e Los Angeles.
As medições mostram que, desde que as medidas de confinamento começaram a ser aplicadas o ruído sísmico gerado pelo homem foi reduzido em cerca de um terço.
Boa notícia
A redução do ruído sísmico representa uma boa notícia para os sismólogos.
À medida que há mais silêncio e quietude, os dispositivos sísmicos se tornam mais sensíveis e podem detectar outros movimentos que os alcançavam anteriormente com um sinal menos claro.
Todo ser humano pensa que o que ele faz não é importante, mas quando milhões de pessoas fazem isso ao mesmo tempo, a superfície da Terra percebe.