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domingo, 19 maio, 2024

CORONAVÍRUS: Internações contradizem notificações, mostra estudo da Fiocruz

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Estudo feito pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz – concluiu pelo aumento exagerado de internações por Síndrome Respiratória Aguda neste ano – a média dos últimos dez anos é menor. A conclusão é que está havendo subnotificação dos casos da covid-19.

O número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2020 é o maior desde 2010, aponta Friocruz. Especialistas afirmam que dados revelam subnotificação do novo coronavírus. Aumento de internações fora de época, idosos como grupo mais afetado e maior percentual de testes negativos para outras gripes são indicativos da Covid-19.

A Síndrome Respiratória Aguda Grave é doença respiratória grave que exige internação e é causada por um vírus, seja ele o novo coronavírus, o influenza ou outro. Os casos são relatados pelos hospitais ao Ministério da Saúde, e a Fiocruz consolida e divulga esses dados pela plataforma Infogripe.

Na contagem da Fiocruz, até 4 de abril deste ano o Brasil teve 33,5 mil internações por causa da síndrome, número muito acima da média desde 2010, de 3,9 mil casos. Em 2016, quando houve surto de H1N1, foram registrados 10,4 mil casos no mesmo período do ano.

Um terceiro fator é que o sistema da Fiocruz passou a receber número maior de notificações de hospitais privados. Por isso, a comparação deste ano com os anteriores não é perfeita.

O rápido aumento das internações por problemas respiratórios aconteceu neste ano em época em que normalmente não há muitos casos. O normal é que os casos comecem a aumentar junto com o frio, no fim do outono e início do inverno. Não foi o que aconteceu em 2020.

A preocupação dos especialistas é que a situação se agrave no inverno, quando os outros vírus começam a causar internações por SRAG, o que pode causar sobrecarga ainda maior ao sistema de saúde.

O estudo da Fiocruz foi motivado pelo rápido aumento dos casos sem identificação da doença. Ao analisar os números, os pesquisadores viram que havia mudança no perfil dos pacientes. As gripes comuns, registradas nos anos anteriores, afetavam principalmente crianças com menos de 2 anos. Os casos novos são predominantemente de idosos e pessoas com comorbidades, como diabetes, uma característica da covid-19.

Outro dado que chamou a atenção dos pesquisadores da Fiocruz foi o grande número de testes negativos para outras gripes, como Influenza A, o tipo mais comum. O índice chegou a 91%. Segundo os especialistas, isso indica que o motivo da síndrome é outra doença, nova.

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