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domingo, 19 maio, 2024

Faxineiro que morava em barraco de madeira se formou em jornalismo

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Ronaldo Rocha, de 28 anos, morador do interior da Bahia, foi até Brasília tentar um futuro melhor, mas no caminho passou fome e necessidades. O jovem conseguiu um emprego e se formou na faculdade após grande luta.

Ronaldo conseguiu um emprego de faxineiro em uma escola pública e a partir daí começou a seguir seus sonhos, sem vergonha alguma de seu cargo.

O rapaz morou em um barraco de madeira que tinha apenas um colchão e suas roupas: “Quando veio o emprego de faxineiro, eu vi a luz no fim do túnel”, recorda Ronaldo.

Na escola onde começou a trabalhar, Ronaldo se encantou com as crianças e passou a dar atividade educativas como peças de teatros, conselhos e truques de mágica, todas “escondidas da direção”, com pouco tempo, as crianças começaram a demonstrar todo amor e respeito pelo “tio Ronaldo”.

As crianças começaram a contar do “tio Ronaldo” para seus pais, o que levou a diretoria da escola a investigar quem era o rapaz, e, após a descoberta, o convidaram para passar de faxineiro para educador social voluntário. Com a nova função ele começou ensinar culinária, atuação e trabalhou a autoestima das crianças.

Ronaldo realizou um de seus sonhos como educador, que era de ser cineasta e dirigiu um filme educativo, que foi parar até nas barraquinhas piratas, segundo o jovem.

A partir daí ele percebeu que chegou a hora de realizar o sonho de ser jornalista. Antes de começar as aulas fez todo um planejamento, com o salário ele pagaria a faculdade, vale alimentação ele venderia para pagar o aluguel e para a comida ele daria um jeito, já que não sobrou nada.

Outros colaboradores da escola, vendo aquela situação decidiram levar uma marmita para ele de casa ou dar um prato de merenda após as crianças comerem.

Após quatro anos de estudos, com todo o esforço feito, Ronaldo se formou na graduação e no dia da colação de grau entrou com um rodo e uma vassoura, assim se orgulhando de tudo que fez para realizar o seu sonho.

“Esse rodo e essa vassoura é para representar que ser faxineiro é um trabalho digno”, disse o Ronaldo, orgulhoso de sua conquista. “Eu nem acredito que cheguei aqui, pensava que não conseguiria, passei quatros anos estudando, dormindo no chão, lavando paredes e passando fome”. Afirmou.

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