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domingo, 19 maio, 2024

Ansiedade, depressão e suicídio: 7 livros que os adolescentes devem adquirir

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É incrível como os surgimento de temas como suicídio, depressão, bullying, solidão e ansiedade surgem e se tornam pautáveis apenas quando grandes e assustadoras tragédias acontecem.

Saúde mental deveria ser um tema regularmente discutido na vida escolar de adolescentes e jovens. As conversas claras e diretas em torno deste assunto não devem ser tratadas como tabús.

A depressão já é considerada o mal do século. Em 2000, a Organização Mundial da Saúde divulgou um relatório prevendo que, em um futuro próximo, 15% da força de trabalho mundial abandonaria seus postos por motivos relacionados à doença. A depressão cresceu 705% em 16 anos. Em 2017, os relatórios da OMS apontam que o Brasil é o 4º com o maior índice de depressão, afetando 5,8% da população nacional.

Já quando o tema é ansiedade, o Brasil lidera o ranking, já que 9,3% da população, ou aproximadamente 1 a cada 10 pessoas, sofrem com algum tipo de transtorno de ansiedade.

Apesar de ser um problema mais frequente entre os jovens, não ocorre apenas com estes.

É comum ouvir um “os jovens de hoje em dia não sabem lidar com problemas” ou “você está fazendo uma tempestade em um copo d’água”. No entanto estudiosos de várias áreas apontam para um problema contextual.

A depressão e a ansiedade são doenças epidêmicas causadas pela situação socioeconômica e a realidade de vida de uma população.

Crises econômicas e políticas, falta de esperanças para o futuro associada à pressão para ser um adulto de sucesso e realizar coisas grandiosas aos olhos da sociedade ou a percepção de tempo – eles acham que precisam realizar determinada quantidade de coisas em tempo ágil. Essas são algumas das questões que fazem parte da epidemia que se espalha cada vez mais.

Saúde mental não é “frescura”. Não é um problema individual de uns e outros. Não são eles que “não sabem lidar com os problemas”. Saúde mental é um problema do século XXI que precisa urgentemente ser tratado.

A ansiedade, a depressão o outros males estão cercados de tabus. A grande maioria dos jovens sentem dificuldades de falar sobre ou de procurarem ajuda para falar sobre o tema com familiares e amigos. Há os que tentam falar, mas mal conseguem chegar na raiz do assunto. Ou pior, há aqueles que consegue se abrir mas dão de cara com a resistência familiar – que não entendem ou não sequer procuram entender sobre de que se trata.

Para conversar sobre o tema, existem alguns livros que podem dar uma mãozinha para adolescentes, jovens, adultos e idosos na hora de entender sobre a depressão, ansiedade e outros males do tipo.

Os livros em questão são narrativas que proporcionam uma visão aprofundada e sensível a doenças de saúde mental e que ajudam a surgir conversas significativas e saudáveis entre pessoas queridas.

Confira:

As Vantagens de Ser Invisível – Stephen Chbosky

Você já ouviu falar de sick-lit? É uma palavra para se referir a literatura de dramas psicológicos. Alguns dos livros mais vendidos dos últimos anos, assim como As Vantagens de Ser Invisível entram nessa categoria.

O livro conta a história de um garoto solitário que faz novos amigos na escola. Juntos, os três se ajudam a enfrentar situações de bullying, depressão, desamores entre outros. Sem muitas mirabolâncias, a narrativa foca na riqueza das situações cotidianas.

Mônica: Força! – Bianca Pinheiro

Recomendado pela educomunicadora Natalia Sierpinski, este quadrinho, criado por Bianca Pinheiro, usa a turma da Mônica para contar uma história diferente. O livro consegue alcançar crianças e adultos e, com muita sensibilidade, aborda um tema delicado, que não podemos contar senão estraga a história.

O Demônio do Meio Dia: Uma Anatomia da Depressão – Andrew Solomon

O Demônio do Meio Dia: Uma Anatomia da Depressão já é um clássico contemporâneo escrito pelo jornalista Andrew Solomon e considerado como uma das melhores representações na literatura. Andrew enfrenta a depressão e aborda o tema em sua palestra TED, incentivando a busca por ajuda.

A redoma de vidro – Silvia Plath

Segundo a youtuber Anna Costa, que fala sobre literatura e psicologia, A redoma de vidro, Livro de Silvya Plath escrito em 1963 é um dos que melhor retrata a apatia causada pela depressão, além de mostrar como a doença era tratada na década de 1960, cheia de estigmas e violências.

O Último Adeus – Cynthia Hand

Também recomendado pela Anna, O Último Adeus trata a questão do suicídio pela perspectiva da família e dos amigos. O livro narra a história de Lex, uma garota que começa a fazer terapia para tentar lidar melhor com a perda do irmão. A youtuber ressalta que além da abordagem delicada, outro ponto positivo do livro é mostrar detalhes sobre o processo de terapia.

Sempre faço tudo errado quando estou feliz: tirinhas sentimentais para todo tipo de bad – Raquel Segal

Outro quadrinho recomendado pela Natalia Sierpinsky, é o Sempre Faço Tudo Errado Quando Estou Feliz. Com uma arte muito legal e toda monocromática, Raquel segal retrata a ansiedade agindo em momentos cotidianos.

Boy Erased: Uma Verdade Anulada – Garrard Conley

O aclamado livro de Conley virou filme e estreou no circuito independente do Brasil em janeiro de 2019. A história conta os sofrimentos de um jovem, filho de um pastor, que é mandado para uma instituição de “cura gay” e que enfrenta problemas de saúde mental relacionados às violências que sofre.

Estes livros não tem o “poder” de curar as doenças mentais citadas, mas podem ser de grande ajuda para quem busca entender sobre isso ou para os que querem procurar meios de tratar e falar sobre.

Se você precisa ou sabe de alguém que precisa de ajuda:

Recomendamos, em primeiro lugar, o Centro de Valorização da Vida, que você pode entrar em contato pelo telefone: 188 e 141 ou pelo site: www.cvv.org.br.

No instagram: Ao abrir o Instagram, clique na lupa e pesquise pelas hashtags #ansiedade, #depressão ou #suicídio.

Na caixa de mensagem aberta com o título “Podemos ajudar?”, clique em “Obter apoio”. Em seguida, escolha de que tipo de ajuda precisa — é possível escolher entre:

Fale com um amigo – para conversar com alguém da sua confiança por Direct ou ligação;

Falar com um voluntário da linha de apoio – para contactar um agente de atendimento especializado;

Receba dicas de apoio – para ver sugestões de como se ajudar.

Ao clicar na opção “Falar com um voluntário da linha de apoio”, o usuário poderá escolher entre três vias de contato. O Instagram vai redirecionar automaticamente a pessoa para o canal desejado.

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