Em debate na TV Tem Sorocaba no último sábado, o prefeito Pedro Bigardi citou a questão dos radares de trânsito
Foi um tiro que saiu pela culatra – durante o debate, o candidato Luiz Fernando Machado acusou o prefeito Pedro Bigardi, candidato à reeleição, de incentivar as multas por radares de trânsito. A resposta desconcertou Luiz.
Pedro deixou claro que os contratos de instalação de radares foram firmados em 2009 e 2011, época em que a cidade era governada pelo PSDB. No caso, em 2009, Luiz era o vice-prefeito. Depois falou sobre o rompimento dos contratos com a empresa de radares, a Splice, assim que os mesmos venceram.
De fato, antes de Pedro ser prefeito, havia dois tipos de radares em Jundiaí – um de controle de velocidade e outro considerado “inteligente”, que registrava, além de excesso de velocidade, passagem por sinal vermelho e conversões não permitidas. Após a retirada dos 80 radares, o volume de multas caiu pela metade, somando-se as aplicadas pelos mais de 70 agentes de trânsito e as da Polícia Militar.
A operadora dos radares, a Splice, esteve envolvida em diversos escândalos, que chegaram a ser noticiados pelo programa Fantástico da TV Globo. Um deles ocorreu no Rio Grande do Sul, numa cidade pequena, onde pretendia se instalar uma lombada eletrônica numa rua de terra, deserta, sem qualquer necessidade – mais que evidência de fraude.
Outras empresas que operam radares também foram denunciadas na mesma reportagem do Fantástico, onde se soube também que quem preparava os editais da concorrência pública e os estudos de viabilidade técnica não eram as prefeituras, e sim as empresas que participariam da concorrência.
