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sexta-feira, 17 maio, 2024

Candidaturas transexuais aumentam e ganham visibilidade

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Há 84 candidatos (as) transexuais nessas eleições, disputando cargos de vereador (a) e prefeito (a). O levantamento é da Associação Nacional dos Travestis e Transexuais e da Folha de São Paulo. Aumentou muito esse número de 2012 para cá – naquele ano havia 31 candidatos, segundo a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Transexuais e Travestis (ABGLT).
O Estado de São Paulo concentra a maior parte das candidaturas transexuais na eleição de 2016, com ao menos 24 nomes dos 84 levantados pela Antra e pela Folha. Num segundo lugar distante, vem a Bahia, com oito candidatas. Em terceiro, Minas Gerais, com seis candidatas. Empatados em quarto, vêm Rio Grande do Sul e Paraná, com cinco candidaturas. Paraíba, Pará e Ceará tem quatro candidaturas cada, enquanto Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, três. O levantamento não encontrou candidaturas trans no Espírito Santo e no Mato Grosso. Nos demais Estados, candidatam-se uma ou duas transexuais.
Candidata à vereadora na Capital, a professora Luiza Coppieters, do PSOL, atribui o aumento porque a sociedade começou a discutir a questão dos transexuais. “A gente começou aparecer, e temos demandas bastante específicas, diz ela. Além disso, acho que há uma politização do movimento, não estamos mais lutando só pela garantia de direitos básicos, mas indo além”.
O partido com maior número de transexuais na disputa é o PSOL, com 15 candidaturas espalhadas pelo país. Dessas, duas fazem um feito inédito: pela primeira vez, mulheres trans disputam um cargo de prefeito no país. São a baiana Samara Braga, 33, e a paulista Thífany Félix, 46, que concorrem, respectivamente, às prefeituras de Alagoinhas (108 km de Salvador) e Caraguatatuba (178 km de São Paulo).
Apesar das divergências partidárias –além do PSOL, há candidaturas trans em outros 25 partidos— parece ser ponto comum nas candidaturas a preocupação questões da saúde de transexuais. Entre as prioridades de Samara está a assistência no acesso a tratamentos hormonais, com o acompanhamento e atendimento humanizado. Mira-se no próprio exemplo. Sem apoio, fez todo o tratamento por conta própria, colocando em risco a saúde.
Entre as propostas de Thammy Miranda, de São Paulo —candidato criticado dentro do movimento LGBT por candidatar-se pelo PP, partido do centrão– a questão também aparece como prioridade, com a defesa da ampliação da área especializada em cirurgia de transgenitalização (transformação dos genitais) no Hospital das Clínicas.

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