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sábado, 18 maio, 2024

Automedicação é responsável pela maior parte das intoxicações

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Vinte mil brasileiros morrem ao ano por conta do mau hábito; analgésicos e antitérmicos são os mais consumidos

Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sintox), os medicamentos sem prescrição médica são responsáveis pela maior parte das notificações de intoxicação desde 1994. “A automedicação é considerada a melhor solução para o alívio imediato de alguns sintomas. Por outro lado, o uso incorreto pode acarretar o não efeito, as reações alérgicas, a dependência e até a morte”, alerta o médico Giovani Moeckel Carvalho.
A questão é de saúde pública, pois, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), 20 mil pessoas morrem no país por conta da automedicação todos os anos. “Se levarmos em conta que 76,4% dos brasileiros praticam a automedicação, o número até que é baixo. Temos de parar de contar com a sorte e realmente buscar por orientação médica antes de cogitar tomar um comprimido”, explica o médico.
Com antibióticos a atenção deve ser ainda maior – o uso abusivo pode facilitar o aumento da resistência de alguns micro-organismos, comprometendo o tratamento. “Aproximadamente 32% das pessoas aumentam ou diminuem a dose do medicamento por conta própria, como se isso não fosse importante. A dosagem pode significar a cura ou o envenenamento de alguém”, exemplifica Giovani.
Conforme pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade Industrial (ICTQ), 72% das pessoas confiam na indicação de medicamentos feita pela família, 42,4% confiam em amigos, 17,5% em colegas de trabalho ou escola e 13,7% ouvem os vizinhos. “A referência de conhecidos pode até valer para a compra de um produto ou serviço, mas nunca para um medicamento. Caso dê errado, quem vai responder pelo agravamento da enfermidade ou pela morte da pessoa?”, questiona o médico.
Tendo qualquer reação inconveniente percebida após a ingestão de remédios, o paciente deve procurar imediatamente ajuda médica, de preferência levando consigo a embalagem do medicamento ingerido. “Um dos principais motivos para a automedicação é a pessoa achar que seu problema é pouco importante. Os analgésicos, seguido dos antitérmicos e anti-inflamatórios são os mais indicados pelos ‘pseudo’ médicos”, finaliza.

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