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quarta-feira, 1 maio, 2024

PT de Várzea racha e dois vereadores saem do partido

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Eles se recusaram a assinar o pedido de investigação na Prefeitura e agora podem perder seus mandatos
Não é de agora que alguns vereadores do PT de Várzea Paulista têm atitudes contrárias ao que se espera de um partido de oposição declarada. São quatro os vereadores do partido: Luciano Braz Marques, Sueli do Yakult, Demércio de Almeida e Juarez Gilberto Cardoso. Há algumas semanas o racha começou, ou pelo menos se tornou público.
Para entender: havia – e ainda há – denúncias de fatos graves que estariam acontecendo dentro da Prefeitura, e que poderiam até levar o prefeito Juvenal Rossi à cassação, se comprovados. Por causa disso, os vereadores Luciano e Demércio cogitaram criar uma CEI – Comissão Especial de Inquérito – para apurar tudo.
Para haver a CEI, precisavam das assinaturas dos outros dois, Sueli e Juarez, que ficaram relutantes e enrolaram o quanto puderam. Foi quando apareceram as primeiras suspeitas, de que ambos tinham indicado funcionários (na realidade seus cabos eleitorais) a cargos em comissão dentro da Prefeitura, e, portanto, estariam compromissados com o prefeito.
Na segunda-feira da semana passada (14), os dois dissidentes foram convocados pela direção estadual do PT para explicar o porquê de votar tanto a favor do prefeito, contrariando a orientação da bancada. Não houve explicação suficiente, mas mesmo assim, foram convocados para nova reunião, dessa vez em Várzea, no último domingo.
De novo tentaram enrolar, mas como lhes foi exigida definição, ambos, além de se recusarem a assinar o pedido da CEI, pediram desfiliação do partido. Como a lei eleitoral é clara sobre donos de mandato (o mandato é do partido, não do vereador), o diretório já se mexe para pedir a cassação dos dois e a posse dos suplentes. Ou seja, Juarez e Sueli podem perder tudo o que conseguiram até agora.
O mais interessante são os assuntos que a comissão quer investigar. A compra de DVDs pela Secretaria de Educação é um deles – foram gastos mais de dois milhões de reais na mesma época em que o prefeito chorava pela falta de dinheiro.
O contrato da Prefeitura com o ICV, na gestão do hospital local é outro (o ICV é quem contratou falsos médicos em algumas cidades), e, a cereja do bolo, a doação de um terreno da Prefeitura para a Igreja Universal do Reino de Deus quando Juvenal começou a governar (juntamente com Deus) a cidade.

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