Falta respeito ao idoso

Em plena Semana do Idoso, é bom lembrar que vivemos num lugar onde falta respeito a quem passou da casa dos 60 anos. E essa falta está em tudo, a começar nas casas onde o idoso vive, ao atendimento que lhe é dado e como é visto pelos mais jovens, que pensam saber tudo e ter razão em tudo também.
Algumas tentativas para mudar esse tipo de comportamento são válidas, mas não resolvem a falta de educação da maioria. Uma lei federal garante vagas especiais aos idosos em shoppings, supermercados e nas ruas. Os mais novos reclamam que essas vagas são as melhores, mais próximas da entrada. Mas não enxergam que muitos idosos têm dificuldade de andar.
Vagas de idosos são ocupadas por moleques mal educados, mal saídos das fraldas, e quando questionados, respondem que lugar de velhos é em casa, em asilo ou até na lata do lixo. Esquecem que seus pais são mais velhos, talvez já idosos, ou próximos a isso. Se é que conhecem os pais – normalmente a mãe não passa de chocadeira, e o pai é desconhecido.
Lei federal também garante atendimento preferencial a idosos em supermercados e bancos. Muita gente não respeita a norma. Até funcionários de bancos – alguns, felizmente – fazem questão de retardar a fila, por entenderem que idosos não têm mais nada a fazer, e por isso podem esperar.
O próprio governo trata os idosos como lixo. Como a maioria é de aposentados, basta ver o quanto recebem. Ou o quanto já foram roubados por governos corruptos e desrespeitosos. Ou o quanto são maltratados e xingados quando reclamam que ganham pouco depois de contribuírem muito.
Promover uma semana para os idosos é louvável. Mas é preciso muito mais do que isso. É preciso educar alguns animais travestidos de gente. É preciso punição a esses mesmos animais que se acham acima das normas. É preciso que essa gentalha entenda que um idoso trabalhou muito, criou seus filhos, e ainda trabalha para ajudar os netos – diferente de parasitas que vivem de bolsa família e seguro desemprego.
Enquanto faltar respeito, educação e seriedade seremos esse país mal educado, mal formado, inculto e ignorante, cheio de jovens que dão mais valor às nádegas do que a um livro, que trocam uma sala de aula por um pancadão, e que têm como perspectiva de futuro continuar vivendo no mesmo bordel onde a mãe o deu à luz.