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domingo, 19 maio, 2024

Fechamento de bairro em Jundiaí provoca protestos

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Motivo é a proibição de passagem e exigência de documentos pelos vigias particulares, além de cancela
Não é de hoje que o Jardim Novo Mundo, em Jundiaí, é motivo de reclamações. Bairro considerado de classe alta, com casas de luxo, não é condomínio fechado, mas há muitos anos tenta agir como se fosse. Há alguns anos, por exemplo, instalou uma cancela e uma guarita, e colocou guardas para impedir a entrada de carros de não moradores. Deu barulho.
Na semana passada, mais encrenca. Quem mora no Villagio das Flores, Quinta das Videiras, Quinta dos Lagos e Quinta da Boa Vista, está sendo impedido de passar pelo Novo Mundo. Na segunda-feira, teve protesto em frente ao loteamento, que é aberto, porque os guardas colocaram cones para impedir a passagem de carros não cadastrados – uma espécie de polícia particular dos moradores do Novo Mundo.
O Novo Mundo exagerou na dose. Alguns moradores dos bairros vizinhos disseram que foram obrigados a fazer cadastro de visitante para poder passar pelas ruas, numa clara afronta a todas as leis. Como o Novo Mundo é loteamento aberto, fica mais flagrante a ilegalidade de impedir trânsito de carros ou passagem de moradores de bairros próximos.
Os mais calmos pensam e se mexem para fazer denúncia no Ministério Público. Os mais exaltados querem inverter a situação: formar barreiras na saída, para que os moradores do Novo Mundo se identifiquem para passar. Há outros ainda que fazem troça da situação, afirmando que lá foi criado um gueto, igual aos que existiam nos tempos do nazismo em toda a Europa (o de Varsóvia foi o mais famoso e é mostrado no filme A Lista de Schindler). E já pensam até em colocar uma placa identificando o bairro como gueto.
O comentário dos vizinhos do Novo Mundo é que lá moram pessoas influentes, que impedem uma atitude mais drástica por parte da prefeitura. Influentes ou não, essas pessoas não têm o direito de criar suas leis e prejudicar a maioria.
Outros lugares em Jundiaí têm situação parecida. No Medeiros, por exemplo. O Tereza Cristina foi vendido como loteamento aberto. Como o tempo foi criada uma associação de moradores, que obrigou todo mundo pagar uma taxa, e de repente se tornou condomínio fechado.
No Jardim Ana Maria, há uma rua onde os moradores bloquearam o acesso da avenida Jundiaí com tubos de concreto – e para disfarçar, fizeram floreira. A petulância é tão grande que há placas proibindo o estacionamento de carros em frente à barricada, uma vez que as vagas são “exclusivas” de um comércio próximo.
No caso do Jardim Novo Mundo, outros protestos, mais organizados e com maior número de pessoas, devem acontecer na próxima semana. Um grupo já encomendou faixas e está contatando jornais e emissoras de televisão para que o problema seja levado adiante, e que tenha uma solução.

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