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quarta-feira, 29 maio, 2024

Com ou sem “convite para sair ”, Márcio não fica no PR

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Vereador foi surpreendido na semana passada com carta convidando-o a procurar outro partido
Na semana passada, o vereador Márcio Pentecostes de Souza, o Márcio Cabeleireiro, tomou conhecimento de uma carta, por meio de um jornalista, durante sessão da Câmara, que estava sendo convidado a procurar outro partido, uma vez que não interessava mais ao PR, onde está filiado desde 2006.
A carta estava assinada pelo ex-vereador Adilson Rosa, como sendo o presidente do diretório local do PR. Convidar para sair, nos colégios públicos ou particulares, é uma maneira delicada de expulsar o aluno, um eufemismo.
A razão da carta estaria na posição adotada por Márcio, que dá apoio ao prefeito Pedro Bigardi. Há comentários insistentes que o PR estaria passando para o controle de outros políticos, que querem fazer oposição ao prefeito. Dessa forma, se vier uma orientação tácita para fazer oposição, Márcio corre o risco de cair na infidelidade partidária se votar a favor de Bigardi.
A mesma carta dá algumas garantias para sua saída, como a promessa do partido não ir à Justiça em busca do mandato (o mandato é do partido, e não do vereador). Bem, aí tem outra história cabeluda, uma espécie de teoria da conspiração. Por que a carta não foi entregue diretamente ao vereador? Se tomasse uma atitude no impulso, no calor do acontecimento e saísse do partido, que validade teria a carta? O partido poderia ir à Justiça para ter de volta o mandato e alegar que Adilson não estava autorizado para isso. Seria uma armação?
Após o choque, Márcio resolveu ser prudente. Primeiro, porque o presidente do PR em Jundiaí é ele. Como não foi destituído pela executiva estadual, continua sendo o presidente. Não se sabe quem investiu Adilson Rosa de tanta autoridade para escrever tão amável convite ao vereador.
“Já tenho uma reunião marcada com o presidente estadual do PR, Tadeu Candelária, para resolver essa situação”, disse Márcio ao Jundiaí Notícias na terça-feira. Depois disso vou tomar uma posição. Mas a princípio não fico no PR; acho que não há mais clima”.
O que surpreendeu Márcio foi a solidariedade dos demais partidos. “Tão logo tomaram conhecimento da história, todos eles se colocaram à disposição e me ofereceram filiação. Foram unânimes em afirmar que as portas estão abertas, o que me deixou muito contente. É como um reconhecimento pelo trabalho”.
Márcio tem razão de sobra para estar contente. Primeiro que não ficou órfão – dá para escolher o partido a que se filiar, se sair mesmo do PR. Segundo, que se vier o voto distrital, para ele as eleições do próximo ano serão um passeio.

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