Foram 38 votos a favor da legalização, 29 contra e uma abstenção
Foi aprovado pelo Senado da Argentina o projeto de lei de autoria do governo do presidente Alberto Fernández para legalizar o aborto no país. Foram 38 votos a favor da legalização, 29 contra e uma abstenção. A aprovação foi celebrada por milhares de ativistas feministas que aguardaram a votação durante mais de 12 horas de debates.
A Argentina passa a ser o 67º país a ter o aborto legalizado. É a maior nação da América Latina a legalizar a interrupção da gravidez, que também é permitida no Uruguai, Cuba e Guiana e Cidade do México.
O texto aprovado pelo Senado estabelece que as mulheres têm direito a interromper voluntariamente a gravidez até a 14ª semana de gestação. Após este período, o aborto será permitido apenas em casos de risco de vida para a gestante ou quando a concepção é fruto de um estupro.
Abortos clandestinos já causaram a morte de mais 3 mil mulheres na Argentina desde 1983 e cerca de 38 mil mulheres são hospitalizadas por conta deste procedimento por ano, segundo dados da agência AP.
