De acordo com um estudo divulgado nesta segunda-feira (9) pela empresa brasileira de pagamentos Ebanx, o Pix deverá ultrapassar os cartões de crédito como principal meio de pagamento no mercado local de compras online já no próximo ano, antecipando-se às previsões iniciais.
Lançado pelo Banco Central no final de 2020, o Pix rapidamente se tornou uma das ferramentas mais populares para transferências de dinheiro e compras, graças às suas transações gratuitas e liquidadas instantaneamente. De acordo com um estudo da PCMI, o Pix deverá representar 44% do mercado de pagamentos online no Brasil até o final de 2025, enquanto os cartões de crédito terão uma participação de 41%.
Uma versão anterior do estudo, divulgada no início deste ano, havia previsto que o Pix igualaria os cartões de crédito no mercado online local apenas até o final de 2026. Segundo o Banco Central, até o final de 2022, aproximadamente 71,5 milhões de brasileiros foram integrados ao sistema financeiro através do Pix. Nos próximos anos, o BC planeja lançar novos recursos para o Pix, como a opção de pagamento em parcelas, o que pode intensificar a competição com os cartões de crédito.
Enquanto isso, a perspectiva para os cartões de crédito permaneceu praticamente inalterada em relação ao estudo anterior, com ambos prevendo uma redução na participação de mercado de 49% em e-commerce, registrada em 2023. Juliana Etcheverry, diretora de desenvolvimento de mercados para a América Latina da Ebanx, afirma que o Pix não substituirá os cartões.
“A indústria de cartões também está investindo em novos protocolos e recursos para continuar crescendo no mercado”, diz Etcheverry. O Banco Central anunciou nesta segunda-feira que o Pix alcançou 227,4 milhões de transações na última sexta-feira (6), o maior número registrado em um único dia.
