Uma pesquisa conduzida pela Latam Intersect Intelligence revela que a proposta de legalização dos jogos de azar, atualmente em debate no Congresso Nacional, enfrenta maior resistência entre os jovens no Brasil.
Apesar da tendência positiva entre os usuários brasileiros das redes sociais, o TikTok destacou-se como a plataforma onde foram registradas mais reações negativas em relação ao tema das ‘apostas’.
Um “Relatório de Análise Emocional” realizado pela Latam Intersect Intelligence, utilizando a tecnologia Delta Analytics, concluiu que o TikTok foi a plataforma onde mais reações negativas sobre o tema “apostas” foram registradas. Além do TikTok, o Facebook, Instagram, X (antigo Twitter) e YouTube também foram examinados.
O objetivo do relatório é mapear as emoções mais associadas a um determinado assunto, fornecendo indicativos sobre o sentimento da sociedade em relação a esses temas específicos, como cassinos e apostas.
De acordo com o relatório, 41% dos internautas brasileiros manifestaram sentir “felicidade” em relação aos cassinos, enquanto esse índice sobe para 48,5% no caso das apostas em geral. Os resultados refletem uma média de sete dias de pesquisa.
O TikTok destacou-se como a plataforma onde foram registradas as maiores taxas de “tristeza” tanto em relação às apostas quanto aos cassinos, com aproximadamente 10% de expressões de “tristeza” no total, em ambos os casos.
Segundo Roger Darashah, codiretor da Latam Intersect, isso representa um sinal de cautela em relação ao público jovem, que tende a ter uma visão menos positiva sobre os jogos de azar. Outra possível razão seria o fenômeno do “jogo do tigrinho”, que frequentemente gera reações intensas.
Darashah enfatiza que as empresas de jogos de azar, apostas esportivas e cassinos devem continuar monitorando as emoções em torno desses temas, que há muito tempo são controversos no Brasil.
Embora aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, o projeto de legalização dos jogos de azar não deve ser levado ao plenário neste semestre. A proposta ainda precisa ser debatida em outras comissões, como a de Assuntos Econômicos.