Entre homenagens, denominação de vias e moção de apoio a libertação dos manifestantes do ato de 8 de janeiro, a Tribuna Livre, espaço criado para o munícipe apresentar suas reivindicações e queixas durante as sessões do Legislativo Municipal, ganhou a atenção dos vereadores e do público que acompanhava a pauta desta terça-feira (28).
Enquanto Matheus Prado, morador da região do bairro Agapeama, questionou a destinação do orçamento à iluminação das vias públicas da cidade, o munícipe Antônio Levy criticou a elaboração dos projetos de lei considerados, em sua maioria, inconstitucionais.
Mas todas as atenções se voltaram para a tribuna, quando ocupada pelo vereador suplente Adilson Roberto Pereiro Júnior, o Juninho. Como forma de responder aos mais de 2 mil votos recebidos durante as últimas eleições municipais, ele aproveitou o espaço para revelar o real motivo de sua saída, assim como as dificuldades que enfrentou durante os quase três anos que ocupou uma das cadeiras do Legislativo jundiaiense.
Juninho conta que a antecipação da campanha eleitoral que já pode ser encontrada pelas ruas da cidade e a cobrança de um posicionamento político diante dos pré-candidatos ao Executivo que se apresentam até este momento, obrigou o ex-vereador a se retirar da Casa de Leis.
“Eu fiquei em uma situação muito complicada, não sou Judas e mantenho uma linha independente das contrariedades. Precisamos ser verdadeiros nessa Casa, não vale tudo pelo voto”, desabafa.
A antecipação da saída de Juninho, que aconteceu em agosto deste ano, trouxe de volta a composição da Câmara, o então gestor de Desenvolvimento Econômico, Cristiano Lopes (PP). À época, o vereador ‘convidado a se retirar’ se declarou indignado com a substituição.
Juninho é bem próximo do vice-prefeito Gustavo Martinelli. Assessor dele por três mandatos e declarou apoio ao ex-vereador que deverá disputar as eleições para prefeito em outubro do próximo ano. Já o candidato do atual prefeito Luiz Fernando Machado é o gestor de Governo e Finanças, José Antonio Parimoschi.
Salvando as abelhas
De autoria dos vereadores Paulo Sérgio Martins e Faouaz Taha, ambos do PSDB, o projeto de lei 14.190 atraiu a atenção dos alunos da EMEB (Escola Municipal de Educação Básica) Maria Angélica Lorençon, do bairro Corrupira, que compareceram ao plenário da Câmara.
O texto propõe a criação de áreas para plantio de espécies que atraiam abelhas e a construção de meliponários; além da instituição de campanhas de conscientização à preservação do inseto. A aluna do 4º ano, Lorena Masi Windlin, explica porquê é tão importante conservar as colmeias.
“Se as abelhas forem extintas não haverá mais roupa, nem flores, nem alimentos. Por isso, desde que apresentamos estes projetos na escola, estamos cuidando das abelhas”, diz a garota. Faouaz lembra ainda que existe uma ideia preconceituosa quanto a estes insetos. “Quando pensamos nas abelhas, sempre vem a nossa mente a produção do mel e a ferroada que podemos levar. Porém, ao consultar estudiosos e técnicos, me deparei com mais de 20 mil espécies no mundo. Como bem foi dito pela Lorena, se exterminarmos as abelhas, em 4 e 5 anos não haverá mais vida no planeta”, decreta o vereador.
Ao ser aprovado por unanimidade, os vereadores foram ovacionados pelos alunos presentes durante a sessão.
