Com 1.900 doadores de órgãos entre janeiro e junho de 2023, o Brasil bate recorde, registrando a maior marca desde 2013. A média equivale a 19 doadores por milhão. Enquanto que, em 2012, o número era de 16,5 por milhão. Os dados são do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
Esse montante não leva em consideração todos os doadores em potencial, apenas os casos em que os procedimentos de retirada de órgão foi realizado. Ao levar em consideração a soma total de voluntários, os números sobem para 6.700 doadores registrados no sistema, somente este ano.
Em 2023, graças a esse aumento, foi possível realizar 4.300 transplantes. De acordo com a última atualização, realizada nesta quinta-feira (31), o Brasil já realizou 5.766 procedimentos. Há ainda o transplante de córnea que soma 10.334 casos.
A última maior média de doações havia sido registrada em 2019, com 18,1 doadores por milhão da população. A pandemia provocou uma queda brusca nos dados em 2020 com 15,8 doadores por milhão, voltando a crescer somente em 2022.
“Esses dados revelam a grande capacidade de recuperação do SNT após o impacto sofrido pela pandemia de covid-19. Nós agradecemos a todos os profissionais de saúde envolvidos no processo de doação e transplante. É importante destacar o papel das famílias doadoras por acreditarem e apoiarem o sistema na missão de ajudar a salvar a vida dos brasileiros que aguardam por um transplante”, destaca a coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplante, Daniela Salomão.
A espera
Com base nos mesmos dados divulgados esta semana, 40.329 pacientes aguardavam na fila de espera para o transplante de algum órgão no Brasil. Além disso, 25.950 pessoas esperam pelo transplante de córnea.
Entre as mais longas, a fila com mais registros de pedido é a do rim, com 37.114. Já o Estado com maior fila de espera é São Paulo. Ao todo, a região conta com 19.679 pedidos.