Com uma roda de conversa com a psicóloga e precursora dos processos de desinstitucionalização no Estado de São Paulo, Mirsa Dellosi, foram abertas nesta quarta-feira (3), na Escola de Governo, as atividades do Mês de Luta Antimanicomial, promovidas pela Coordenação de Saúde Mental da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS).
Neste ano, as ações tem como tema “Saúde Mental e o Direito à Cidade: construções e reinvenções possíveis para o habitar em liberdade”. Mirsa trouxe sua vivência no processo de fechamento de manicômios, além de atualizações sobre a Reforma Psiquiátrica Brasileira.
“O cuidado em liberdade, o respeito e o direito de ir e vir são fundamentais. Trancar não é tratar. Jundiaí tem uma política de saúde mental já traçada e implantada. É uma cidade que está de parabéns por suas ações e por mobilizar a sociedade em torno da Luta Antimanicomial”, acrescentou.
Para o Coordenador de Saúde Mental da UGPS, Alexandre Moreno Sandri, o evento foi positivo, ao reunir trabalhadores e usuários dos serviços, e uma especialista que vivenciou o processo. “Anualmente, no mês de maio, fazemos questão de reiterar a importância da desinstitucionalização das pessoas com transtornos mentais e da retomada da vida na cidade, celebrando o movimento de Reforma Psiquiátrica Brasileira. Ainda temos desafios, mas os avanços alcançados são importantes, pois a inclusão é o melhor cuidado”, afirmou.
Programação
Nesta sexta-feira (5), das 13h às 16h, a programação continua com intervenção e caminhada na região central, com trabalhadores e usuários dos serviços de saúde mental da cidade. A ação integra as atividades da Sexta no Centro.
No dia 11, das 8h30 às 17h, será promovido o Fórum da Luta Antimanicomial, no Sesc Jundiaí. As inscrições estão abertas e podem ser feitas no link. As vagas são limitadas.
