O Ministério da Educação instituiu nesta quinta-feira, 9, uma consulta pública com o intuito de modificar a Reforma do Ensino Médio – aprovado em 2017 sob a gestão Michael Temer.
Desde que sancionado, as alterações na carga horária dos alunos, distribuição de disciplinas curriculares e possibilidade dos estudantes se aprofundarem em temas os quais mais se identificam passaram a vigorar no ano passado, em 2022.
Com críticos e apoiadores, o governo federal optou por abrir uma consulta pública com o intuito de ouvir especialistas – como membros da sociedade civil, equipes técnicas de ensino e pesquisadores da área – para definir e traçar possíveis atualizações do Novo Ensino Médio.
Durante os trabalhos, haverá audiências públicas, seminários e oficinas de trabalho. O ministro da Educação, Camilo Santana, participou de um evento nesta quinta, em Brasília, e afirmou que há um problema com os itinerários formativos, ou seja, as áreas de conhecimento que uma escola pode oferecer aos alunos.
Segundo o responsável pela pasta, alunos matriculados em escolas de grande porte tendem a receber um leque de opções maior do que estudantes de um colégio pequeno, num município sem grandes recursos.
“A grande preocupação é como as escolas podem ofertar todos os itinerários. Há uma questão de desigualdade, vamos ver como corrigir isso, vamos aprofundar o debate ouvindo especialistas”, disse o político. Publicada o Diário Oficial da União, a portaria que instaura a consulta pública terá a duração de 90 dias, podendo ser ampliada.
Ao fim da etapa, a Secretaria de Articulação Intersetorial e os sistemas de ensino irão redigir um relatório final que será encaminhado para a pasta educacional.