O governo federal deve aprovar a aplicação da quarta dose da vacina contra a covid-19 — ou a segunda dose de reforço — para pessoas acima de 50 anos. A confirmação foi feita pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
“A segunda dose de reforço já está autorizada para acima de 60 anos pelo Ministério da Saúde, e vamos ampliar para acima de 50 anos”, disse Queiroga hoje, após participação em evento ministerial em Brasília.
Desde meados do mês passado, pessoas com 60 anos ou mais estão autorizadas a tomar a segunda dose de reforço contra a covid-19. “Nós temos vacina. O governo federal se preparou para isso”, afirmou Queiroga.
Os detalhes sobre como funcionará o esquema de aplicação da quarta dose para maiores de 50 anos serão descritos em nota técnica a ser divulgada pelo ministério. Na pasta, a expectativa é de que o documento seja publicado amanhã.
Apesar da aprovação da quarta dose para pessoas com 60 anos ou mais, a Saúde recomenda a aplicação quatro meses após a imunização com a primeira dose de reforço. As vacinas apontadas para o esquema foram as das farmacêuticas Pfizer, Janssen e AstraZeneca.
Sobre vacinas como a CoronaVac, de tecnologia diferente das demais, não serem apontadas para o esquema, a pasta disse que aguarda “novas evidências científicas sobre a sua efetividade como doses de reforço em idosos e imunocomprometidos”.
A ampliação do público-alvo para a quarta dose se dá em um momento em que o Brasil enfrenta, após flexibilização, uma alta no número de casos e internações pela covid-19 e enquanto estados e municípios voltam a, no mínimo, recomendar o uso de máscaras em locais fechados.
O número de mortes, ainda que em alta, não tem tido a mesma elevação. Estudos publicados apontam que as vacinas utilizadas no Brasil aumentam a proteção contra a covid-19 mesmo entre pessoas que já tiveram a doença, evitando especialmente a ocorrência de mortes.
Até ontem, 77,4% da população brasileira já havia tomado ao menos duas doses da vacina contra a covid-19, segundo dados compilados pelo consórcio de veículos de imprensa.
Além disso, quase 93 milhões de brasileiros já tomaram ao menos uma dose de reforço contra o novo coronavírus, e 3,5 milhões, até quatro, também de acordo com os dados do consórcio. (UOL)