Em Pernambuco, um conjunto de casas populares que seriam entregues no fim deste mês foram invadidas por um grupo que se identificou como “trabalhadores sem teto”. Depois de usarem as casas durante mais de um mês, resolveram sair, mas não sem antes fazer o que mais sabem – destruíram tudo. Vidros, portas, janelas, torneiras e até pedaços de paredes e de telhados. Para completar o serviço, atearam fogo onde puderam. Um detalhe: essas casas seriam entregues pelo presidente Bolsonaro.
Na segunda-feira, o jornalista Olímpio Araújo denunciou a preparação de sabotagem que deve (ou deveria) acontecer também no fim do mês, no mesmo estado de Pernambuco. Está marcada a visita do presidente para a entrega de parte da transposição do Rio São Francisco, e o plano de um grupo no mínimo terrorista é “melar” essa entrega.
Um engenheiro ligado à empresa que fez o trabalho do trecho da transposição afirmou ao jornalista Olímpio, taxativamente, que há planos de emperrar as comportas, impedindo a água de fluir, de sabotar as bombas que levarão a água e de destruir certos trechos da canalização. Se isso acontecer, o mico fica com Bolsonaro.
Como de praxe, ninguém se mexeu para saber quem são esses vândalos. Ou melhor, terroristas. Pode ser que alguém até lhes assegure o direito de se manifestar contra o presidente. Direito que todos nós temos. Mas se manifestar contra é uma coisa, destruir patrimônio público é outra.
Voltando um pouco no tempo. Há algumas semanas os partidos de oposição programaram uma manifestação contra o presidente, que deveria acontecer nas capitais e principais cidades do País. A manifestação foi um fracasso. E, curiosamente, coincidentemente, dias antes a Polícia Rodoviária Federal apreendeu, por acaso, um caminhão com destino a São Paulo cujo motorista transportava 12 milhões de reais em dinheiro vivo – notas de 50 e 20. Pode ser ilação, mas esse dinheiro não estaria destinado a pagar os manifestantes?
Parte do público trata esse tipo de manifestação como feita pelo “pessoal da esquerda”. Não é bem assim. A chamada esquerda tem pessoas inteligentes e sensatas. Ocorre que boa parte desses partidos de oposição, que se proclamam de esquerda, são verdadeiras associações criminosas. Terroristas, que invadem terras, prédios públicos, fazendas e casas com único intuito de tirar a paz necessária à governança.
Parece que não só partidos e grupos terroristas estão interessados na balbúrdia. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que as contas do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) sejam investigadas pela Polícia Federal. Algumas curiosidades: o presidente do PTB, Roberto Jefferson, está preso por ordem desse ministro, sem investigação, sem inquérito, sem culpa formada, sem qualquer condenação. Jefferson é um ferrenho defensor de Bolsonaro.
Curiosamente também, o PTB tem (ou teria) tudo para ser o destino de Bolsonaro, atualmente sem partido. Complicando a vida do PTB, fica mais fácil impedir que Bolsonaro seja candidato à reeleição no próximo ano. Os demais partidos disponíveis são mais fáceis de serem controlados. E não bastará Bolsonaro se filiar a um deles – ele precisará ser aprovado pela convenção para ter candidatura.
A revista IstoÉ, mais decadente do que nunca, publicou uma capa com a foto de Bolsonaro e nela fez montagem, com Photoshop, caracterizando-o como Hitler. O Blog do Noblat, jornalista confesso das milícias de esquerda, publicou uma nota afirmando que Bolsonaro poderá não ser candidato em 2022, o que não deixa de ser verdade. Até lá ele pode morrer, pode ficar doente, ou pode simplesmente desistir.
Imediatamente, diversos jornais interessadíssimos em derrubar o presidente repercutiram a nota, como se fosse uma verdade absoluta. E ninguém do STF reclamou dessa fake news. Aliás, ninguém está considerando a invasão e depredação das casas em Pernambuco, as manifestações depredatórias, a possível sabotagem no mesmo Pernambuco e outras ações dessas associações criminosas como “atos anti-democráticos”. Tudo é normal, tudo é aceitável. Se tudo o que estão fazendo não é terrorismo, é melhor nos prepararmos para a guerra de verdade. Escrúpulo e sensatez é o que mais faltam a essa gente desprovida de cérebro. Ou de cérebro comandado à distância.
Só para constar, o arcebispo
No feriado de 12 de outubro, o arcebispo de Aparecida mostrou sua verdadeira índole, transparente em sua fisionomia de vingador. Aproveitando a presença do presidente Bolsonaro na Basílica, teceu suas críticas e afirmou que “para ser pátria amada o Brasil não pode ser pátria armada”.
O arcebispo perdeu uma chance e tanto de ficar de boca fechada. Poderia ser diplomático e até agradecer a presença do presidente, convidando-o para visitar mais vezes a Basília. E ainda ressaltar nesse convite, que Bolsonaro é evangélico confesso. Mas preferiu destilar seu ódio, repudiando os ensinamentos bíblicos.
E o arcebispo esqueceu de algumas coisas. Ele é contra as armas, direito dele. Mas nesse dia havia 400 policiais militares fazendo a segurança da Basília. Não do presidente, que tem como seguranças as Forças Armadas e a Polícia Federal. Mas somente a Basílica. E, para refrescar a memória do arcebispo vermelho: o Vaticano, seu patrão, é acionista da Beretta, a maior fábrica de armas do mundo. OU o arcebispo é burro, ou estava possuído, ou é mais um idiota que deve gritar “Lula livre”.