Segundo pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a parcela de famílias endividadas em setembro registrou patamar recorde e chegou a 74%. Além de ser superior à de agosto (72,9%) e à de setembro de 2020 (67,2%), foi recorde para a pesquisa iniciada em 2010.
A educadora em finanças pessoais, Carol Stange, explica que milhões de famílias brasileiras possuem um fluxo financeiro frágil, com praticamente todos os recursos destinados às despesas rotineiras. “Qualquer descuido acaba resultando em dívidas que desestruturam a vida financeira familiar através da cobrança de juros que se acumulam e aumentam assustadoramente e criam o chamado “efeito bola de neve”.
Portanto, de forma objetiva, a educadora em finanças apresenta 3 passos capazes de ajudar quem perdeu o controle das finanças a sair dessa situação.
1.Mapeie as dívidas
Em um arquivo específico, cite todas as dívidas que você possui no momento que estejam com os pagamentos em dia ou não. Nessa relação deve constar o “nome da dívida”, eu valor inicial, valor dos juros cobrados e o valor para uma possível quitação. Ao final de cada dívida, é importante escrever também a motivo causador desse débito.
2. Conheça a sua real capacidade de pagamento
Qual a parcela real que um orçamento saudável aguenta? Sugere-se que não mais do que 30% das receitas estejam comprometidas com parcelamentos e financiamentos em geral. Após o mapeamento das dívidas, é preciso fazer o fluxo de caixa, que nada mais é do que o registro das entradas (receitas) e saídas (despesas). De muito pouco adiantará entrar com uma proposta de quitação de dívidas sem conhecer os números que representam a sua vida financeira diária.
3.A ordem é negociar
Não é preciso esperar pelo atraso e inadimplência de contratos de financiamentos para procurar negociações. Financiamentos de automóveis e de imóveis podem ser negociados dentro da própria instituição ou portados para outra que ofereça juros mais baixos e condições melhores em geral. Dívidas “caras”, que apresentam grandes cobranças de juros, e que colocam o patrimônio em risco devem ser priorizadas. Uma boa sugestão é aproveitar os feirões de negociação de dívidas oferecidos por grandes instituições financeiras que acontecem algumas vezes por ano, inclusive em ambiente on-line.