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quinta-feira, 21 novembro, 2024

‘Doutor Bumbum’ é condenado a 3 anos de prisão em São Paulo

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Patrick Galvão Matos Ferreira, que se passava por paramédico, recebeu uma sentença de 3 anos e 4 meses em regime semiaberto pela Justiça de São Paulo, devido à aplicação de uma substância nos glúteos de uma paciente.

Patrick foi detido em 19 de março de 2019, em um hotel no Centro de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, enquanto se preparava para administrar uma substância a uma mulher de 26 anos.

Conforme a sentença do Tribunal de Justiça, a vítima relatou que conheceu Patrick em 2018 por intermédio de uma colega de academia, onde ele treinava. Patrick não possuía qualificação médica ou conhecimento para realizar tais procedimentos.

A paciente afirmou ter recebido três aplicações na área dos glúteos em dias diferentes, pagando um total de R$ 1.300 pelo serviço.

Logo após as aplicações feitas pelo falso paramédico, que também se apresentava como bombeiro, a mulher começou a sentir desconforto e dor na região, acompanhados de tosse e falta de ar. Por isso, decidiu procurar o réu para reclamar dos efeitos das aplicações.

Na ocasião, Patrick optou por “prescrever” alguns remédios para a vítima e a aconselhou a evitar esforços físicos, prometendo que a dor passaria. Ele também realizou outro procedimento na mulher, descrevendo-o como uma “drenagem”, onde perfurou sua perna com uma agulha e pressionou, alegando que isso aliviaria o inchaço e a dor.

Embora a dor na perna da vítima tenha melhorado, a tosse persistiu, levando-a a procurar ajuda médica. Foi então que ela descobriu que esses sintomas poderiam ser reações ao produto utilizado pelo falso paramédico em seu corpo.

Análises do Instituto Médico Legal (IML) revelaram que o produto utilizado por Patrick era óleo mineral, não Metacril, uma substância sintética usada por cirurgiões plásticos para aumentar a firmeza dos glúteos.

Em seu interrogatório, Patrick afirmou não conhecer a vítima, negou ter trabalhado com aplicações de silicone para fins estéticos e afirmou ser gerente de vendas comerciais, não tendo vínculo com o SAMU nem usando seu uniforme.

A defesa de Patrick Galvão ressaltou que há provas da inocência de seu cliente e que ele não cometeu nenhum crime. Eles já entraram com recurso contra a decisão judicial, mencionando que casos semelhantes contra Patrick foram arquivados a pedido do Ministério Público.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o caso foi registrado como exercício ilegal da medicina, odontologia ou farmácia, falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto ou substância terapêutica ou medicinal, lesão corporal e perigo para a vida ou saúde de outrem.

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