No final da manhã desta quinta-feira (2), o MDB moveu uma ação contra o presidente Lula, alegando que ele solicitou votos para Guilherme Boulos (PSOL) durante o evento do 1º de Maio, que contou com a participação das centrais sindicais.
O partido do prefeito e pré-candidato Ricardo Nunes solicitou na ação a exclusão do vídeo, ainda presente em redes sociais, sob ameaça de multa diária a ser estabelecida. Além disso, requer a exclusão permanente dos vídeos e proíbe seu uso, com a imposição de multa máxima conforme previsto na legislação, para cada um dos representados.
O partido também ressalta que esta ação é apresentada “sem prejuízo de futura e oportuna apuração de desvirtuamento do evento comemorativo do Dia do Trabalho, realizado às custas de recursos públicos e utilizando estrutura sindical, que acabou se transformando em um comício eleitoral, podendo potencialmente configurar abuso do poder econômico e de autoridade”.
Conforme destacado na reportagem, o partido está considerando entrar com uma ação de investigação na Justiça Eleitoral por suposto abuso de poder político e econômico, o que poderia resultar na cassação do registro de Boulos e na inelegibilidade de Lula.
“Ricardo Nunes está tentando desviar a atenção do uso de eventos oficiais da Prefeitura, financiados com dinheiro público, para promover sua candidatura à reeleição — como já divulgado pela imprensa. Ele é quem precisa dar explicações à sociedade”, afirmou Josué Rocha, coordenador da pré-campanha de Boulos, à reportagem.
A comunicação do Palácio do Planalto informou à reportagem que só irá se manifestar “por meio jurídico quando e se intimada”.