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terça-feira, 2 julho, 2024

A taxa de desemprego entre mulheres atinge 9,8% no primeiro trimestre, revela IBGE

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No primeiro trimestre de 2024, os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (16), evidenciam que o desemprego entre as mulheres brasileiras permanece notavelmente mais alto do que entre os homens.

Durante o primeiro trimestre, a taxa de desemprego entre os homens situou-se em 6,5%, enquanto para as mulheres alcançou 9,8%. Em termos nacionais, a média de desocupação foi de 7,9% durante esse período.

Para os brancos, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional, registrando 6,2%, contrastando significativamente com os números para pretos (9,7%) e pardos (9,1%). Além disso, a taxa de desocupação para aqueles com ensino médio incompleto atingiu 13,9%, mais que o triplo daqueles com nível superior completo, cuja taxa foi de 4,1%.

Desigualdade

Outro dado que aponta a disparidade entre mulheres e homens no mercado de trabalho é o rendimento médio real, habitualmente recebido no trabalho principal.

Apesar de ter atingido um recorde de R$ 3.033 no período, as mulheres trabalhadoras permanecem recebendo apenas 80% do salário médio dos homens.

Considerando apenas a renda habitual obtida do trabalho principal (e não de todos os trabalhos), o rendimento médio alcançou patamar recorde no primeiro trimestre de 2024 tanto para os homens, R$ 3.323, quanto para as mulheres, R$ 2.639.

Ou seja, o homem recebe cerca de 26% a mais que a mulher em seu emprego principal.

Desempregado: 3,9 milhões

No primeiro trimestre de 2024, 3,967 milhões de brasileiros estavam em busca de trabalho por mais de um mês, mas menos de um ano, representando uma queda de 6,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, 1,773 milhão tentavam uma vaga há menos de um mês, indicando uma redução de 10% nessa categoria de desemprego em comparação com o primeiro trimestre de 2023.

Em termos de desemprego de longo prazo, o país contava com 1,916 milhão de pessoas procurando trabalho há pelo menos dois anos. Considerando todos os que procuram emprego há pelo menos um ano, esse contingente em situação de desemprego de longa duração aumenta para 2,883 milhões. Apesar disso, o total de pessoas buscando uma oportunidade de trabalho há dois anos ou mais diminuiu em 14,5% em relação ao primeiro trimestre de 2023.

Embora haja uma tendência de redução nesse grupo de desempregados, o total de pessoas procurando emprego há pelo menos um ano, mas menos de dois anos, diminuiu em 1,2% em comparação com o primeiro trimestre de 2023.

Apesar das melhorias gerais, a taxa de desemprego aumentou significativamente em oito das 27 Unidades da Federação (UFs). Esse resultado é influenciado por movimentos sazonais, já que os primeiros trimestres de cada ano são caracterizados por um aumento na procura por emprego, explicou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

No primeiro trimestre de 2024, as maiores taxas de desocupação foram registradas na Bahia (14%), Pernambuco (12,4%) e Amapá (10,9%), enquanto as menores ocorreram em Rondônia (3,7%), Mato Grosso (3,7%) e Santa Catarina (3,8%).

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