Uma vendedora de roupas em Nerópolis, região central de Goiás, vivenciou um momento surpreendente ao receber, por engano, um PIX no valor de quase R$ 50 mil. Isabela Bosco, de 28 anos, compartilhou com o Mais Goiás que estava no seu local de trabalho quando recebeu a notificação da inesperada transferência bancária na última terça-feira (16). A vendedora, ao ser indagada sobre a tentação de manter o montante, afirmou categoricamente que essa nunca foi uma opção para ela, fundamentando sua decisão com os princípios morais cultivados desde a infância.
Ao perceber a situação, Isabela tentou efetuar o estorno através do aplicativo do banco, porém, devido ao considerável valor da transação, a conta foi bloqueada. Mesmo enfrentando obstáculos burocráticos, a vendedora não se deixou abater. No dia seguinte, dirigiu-se pessoalmente à agência bancária para restituir os R$ 48.799,80 ao legítimo destinatário.
Isabela ressaltou a importância de valores éticos em sua vida, destacando que, apesar das dificuldades, é fundamental agir corretamente. “Sempre colhemos bons frutos por tudo de bom que fazemos na vida, ainda mais em um mundo onde existem pessoas com má índole. Além de ser crime não devolver, eu prezo muito pelo correto”, enfatizou a vendedora.
A atitude exemplar de Isabela Bosco foi prontamente reconhecida pelo empresário Antonio Silva, de 64 anos, responsável pelo montante de quase R$ 50 mil erroneamente transferido para a conta da vendedora. O empresário, residente no estado de São Paulo, detalhou que estava realizando um pagamento quando alguém, sob o pretexto de uma atualização de sistema de segurança, acessou seu computador e direcionou o valor para uma conta desconhecida.
Antonio formalizou uma queixa junto à sua agência bancária, destacando a honestidade de Isabela. “Fiquei surpreso com o procedimento da Sra. Isabela, que entrou em contato avisando sobre o estorno. Ainda existem pessoas honestas”, enfatizou o empresário.
Apesar do reconhecimento à eficiência da agência, Antonio ressaltou que o caso será discutido com o banco. Ele argumenta que a transferência não deveria ter sido autorizada, considerando o elevado valor e o fato de a conta de destino ser desconhecida e não cadastrada em seu aplicativo. Este episódio reforça a necessidade de uma análise mais criteriosa nas transações, especialmente quando envolvem valores expressivos e contas não previamente cadastradas.
Isabela expressa um alívio sincero por ter restituído o dinheiro. Segundo a vendedora, embora a quantia em questão não se aproximasse de sua renda mensal, sentia a obrigação moral de devolver ao legítimo proprietário o que era dele por direito. “Trabalho arduamente para alcançar grandes números no meu negócio futuramente”, acrescentou Isabela, destacando seu compromisso com a integridade e o respeito às normas éticas em suas atividades comerciais.