O Departamento de Projetos Urbanos da Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA) de Jundiaí anunciou a abertura de uma licitação para uma obra de acessibilidade de grande importância na cidade, com foco na região do Anhangabaú, abrangendo o trecho que vai do Bolão ao Instituto Luiz Braille.
O investimento para a execução dessa obra está estimado em cerca de R$ 2 milhões e será financiado com recursos próprios do município. O projeto inclui aprimoramentos nas calçadas, abrangendo pelo menos dois quilômetros de vias.
O início das obras está programado para a Avenida Sebastião Mendes da Silva, onde será realizado o nivelamento das calçadas, a instalação de piso tátil e a renovação da arborização, visando proporcionar um ambiente mais acessível e confortável para todos.
“Esta obra marca a primeira etapa de um projeto que, no futuro, será estendido até o Terminal Central, pela Avenida Jundiaí. Essa expansão faz parte do Projeto de Requalificação do Centro e do Programa Ativa!Centro, que têm como objetivo principal atrair pessoas, especialmente pedestres e ciclistas, para usufruir do espaço público de maneira segura e confortável, por meio de melhorias na infraestrutura viária e na gestão de velocidade”, destacou Paula Siqueira, diretora do Departamento de Projetos Urbanos.
O projeto foi elaborado com a finalidade de garantir acessibilidade, conforto e segurança para os pedestres, levando em consideração as necessidades apresentadas pelo Instituto Braille e pelo Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, devido ao significativo número de pessoas com deficiência na região. As primeiras intervenções estão programadas para iniciar no primeiro semestre de 2024.
Usuários frequentes da região, como Leandro Pereira de Almeida e Irineu Antônio Chamba, expressaram apoio às melhorias planejadas. Leandro enfatizou que a obra pode proporcionar uma mobilidade significativamente melhor, resolvendo problemas relacionados não apenas aos desníveis, mas também aos postes e obstáculos nas calçadas. Irineu mencionou como o projeto pode ser especialmente benéfico para pessoas com deficiência visual, como sua esposa.
Lourdes Vieira, coordenadora administrativa do Instituto Luiz Braille, ressaltou a importância do projeto, considerando que aproximadamente 70% das pessoas atendidas na instituição são idosos ou têm deficiência visual.
Ela explicou que muitas pessoas com deficiência em Jundiaí passam pela região do Anhangabaú, o que torna o projeto uma iniciativa que facilitará significativamente a vida daqueles que utilizam os serviços das instituições locais.
O Instituto Luiz Braille recebe aproximadamente 10 mil pessoas por mês e desempenha um papel fundamental na habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência visual ou baixa visão, promovendo sua independência e integração na sociedade.