Um levantamento realizado pelo Observatório do Marco Legal da Primeira Infância alerta: aproximadamente 42% das crianças brasileiras de 0 a 5 anos de idade não têm acesso a saneamento em seus domicílios. Como consequência, muitas dessas crianças poderão sofrer problemas de saúde, com quadros de diarreia, cólera e hepatite, entre outras patologias, como aponta uma pesquisa do Instituto Trata Brasil a partir de dados do DataSUS.
Ainda segundo este estudo, o país registrou em 2019 mais de 273 mil internações por doenças de veiculação hídrica. A incidência foi de 13,01 casos por 10 mil habitantes, impactando em R$ 108 milhões em gastos para o sistema público de saúde.
Neste sentido, jundiaienses carregam vantagens. Segundo a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (ABES), a cada 100 mil habitantes, municípios como Jundiaí registram, em média, apenas 25 ocorrências.
Como comparação, cidades do mesmo porte e que contam com más condições de saneamento chegam a ter 105 internações, em média, por estas doenças, considerando a mesma proporção.
“O avanço dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário são essenciais para o desenvolvimento das crianças”, diz o engenheiro Ricardo Lazzari Mendes, presidente da Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente).
“Atingimos este patamar graças a um planejamento de décadas. Isso faz com que a cidade seja considerada uma referência nacional e um exemplo de sucesso para outras localidades”, afirma o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado.