A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou na manhã desta terça-feira (11), a conversa entre os árbitros durante uma jogada polêmica no empate entre Palmeiras e Flamengo, disputada no último sábado (8), pelo Campeonato Brasileiro.
Na ocasião, os flamenguistas reclamaram de um pênalti não marcado do volante Richard Ríos em Everton Ribeiro, já no segundo tempo. Juiz de campo, Ramon Abatti Abel avaliou que o palmeirense não usou uma força necessária para derrubar o jogador do Rubro-Negro. “Contato mínimo e ele se joga”, disse. “Para mim, não tem impacto nas costas dele. Tem contato, mas não tem impacto suficiente para derrubar ele. Ele segura a passada e se joga. O impacto é mínimo”, acrescentou. Diante da análise, Rodolpho Toski Marques, que estava no VAR, preferiu não recorrer ao árbitro principal para rever a jogada no monitor.
Sobre o ocorrido, o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme, defende que o juiz acertou na decisão. Ele explica que nem todo ombro nas costas é falta. “Mas a partir do momento que coloco o ombro nas costas eu tenho que avaliar se o contato é suficiente para derrubar o jogador. Isso é muito claro na narrativa do árbitro de campo que interpretou o lance”.
Seneme acrescenta que o departamento de arbitragem possui 11 instrutores técnicos e que o lance gerou dúvida, o que demonstra o grau de dificuldade. “De maneira geral, o contato por ter sido nas costas, com potencial de infração para essa jogada”, analisou.