Maio é mês das mães e também do Mães. A comunidade online Mães de Jundiaí, com quase 22 mil membros no Facebook, comemora este quinto mês do ano em dose dupla.
“Eu precisava muito de ajuda”. Foi este o motivo para a criação da comunidade Mães de Jundiaí, fundada pela jornalista Lívia Haddad, mas esta fala poderia sair da boca de qualquer mulher que vive a maternidade. “Completamos 9 anos de um grupo que tem beneficiado tanto nossa região e ainda é o mês das mães”.
Com uma média de 500 publicações mensais, o grupo tem engajamento direto entre os membros de aproximadamente 10 mil reações e comentários por mês. “O Mães de Jundiaí veio com uma missão de troca, seja de experiências ou informações. E estes números refletem exatamente o que acontece”.
“Em 2014 eu estava com uma bebê, a Beatriz, de 6 meses e sem referência na minha cidade. Queria conversar com mães que estavam vivendo as mesmas coisas que eu no mundo de hoje”, conta Lívia que não imaginava a proporção que o Mães de Jundiaí tomaria.
A fundadora ressalta a importância da rede de apoio na maternidade. “Somos sobrecarregadas, mas isso não é novidade. Toda mãe precisa de uma rede de apoio real, presencial. Ela precisa de um tempo para se reconhecer como a mulher que é, não apenas como mãe. Por isso, incentivo às mulheres a não sentirem vergonha de pedir ajuda quando necessário. Infelizmente muitas não têm opção, não têm com quem deixar o filho, e isso me deixa muito triste, porque a saúde mental é afetada quando ela se esquece do seu individual”.
Em relação a rede de apoio online, como a que Lívia criou, ela conta que é um meio que conecta e dá suporte para muitas mulheres. “Já soube de histórias incríveis de mães que vieram me contar do valor que dão para o grupo, salvando muitas vezes de alguma situação em que elas não sabiam o que fazer”.
Tássia de Oliveira Morais, mãe de quatro crianças, viu um post no grupo do Facebook com a doação de uma fórmula de alto custo que a filha mais nova precisava usar. “Estávamos em um momento difícil, sem renda, e o leite estava para acabar. Chamei a Letycia Luana, responsável pela publicação, e começamos a conversar. Descobrimos algumas coisas em comum e falamos muito sobre ser mãe de UTI, que não é nada fácil. Fizemos o negócio e ainda uma amizade. Ela confiou muito em mim”.
Ela ainda conta que o Mães de Jundiaí cria conexões fortes e importantes. “Eu queria agradecer a esse grupo que nos ajuda bastante e constrói pontes importantíssimas para nós”.
A fotógrafa Thais Cayetano contou que o grupo foi essencial quando decidiu mudar de cidade. “Vim de Campo Limpo, aqui pertinho, e quando precisei escolher escolas para os meus filhos ou até mesmo me inserir na sociedade como mãe, contei com as Mães de Jundiaí. Não tinha visto nenhum grupo com este poder de colaboração e envolvimento. Sem contar que me ajudou muito o lado profissional também.”
