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sexta-feira, 29 março, 2024

82% das escovas de dente brasileiras podem trazer prejuízos à saúde bucal

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Estudo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) analisou 345 modelos de escovas adquiridas em diferentes estabelecimentos comerciais

A higiene bucal é uma das bases para levar uma vida saudável. Entretanto, uma tese de doutorado da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) aponta que 82% das escovas de dente comercializadas em São Paulo podem trazer prejuízos à saúde.

A pesquisa da cirurgiã-dentista Sônia Regina Cardim de Cerqueira Pestana indica que as opções disponíveis no mercado brasileiro não correspondem às características desejáveis para uma escovação segura.

Ao todo foram analisados 345 modelos de escovas adquiridas em diferentes estabelecimentos comerciais, em 26 municípios sorteados nas mais diferentes regiões paulistas. Oitenta e dois por cento das escovas analisadas têm cerdas que não atendem às normas brasileiras.

As cerdas são o que formam os tufos das cabeças das escovas dentais e, nos casos analisados, são afiadas quando deveriam ser arredondadas, para não representar riscos à saúde dos usuários.

“A olho nu, é praticamente impossível averiguar o acabamento das cerdas e o consumidor acaba ficando à mercê da honestidade do fabricante”, afirma Sônia.

Essas cerdas não arrendondadas podem causar micro ferimentos na gengiva e desgastes no esmalte do dente. “O que representa risco para a saúde e um descumprimento das normas vigentes”, ressalta a pesquisadora também.

A pesquisadora destaca ainda que a norma proposta pelo estadunidense Charles Bass pontua que os cabos das escovas de dente devem ser retos e achatados e a cabeça deve ser compatível com a faixa etária de quem vai utilizar o produto, de forma a cumprir bem as funções.

“No entanto, a maioria dos cabos não são retos e a quantidade de tufos e cerdas não atende ao padrão definido por Bass. Em nosso estudo, verificamos que o número de cerdas por escova variou de 500 a 7.500; e a quantidade de tufos oscilou entre 13 a 65”, frisa Sônia.

O estudo, segundo a pesquisadora, acende um alerta sobre os riscos. “Se no mercado paulista, reconhecidamente um dos mais exigentes, a qualidade é preocupante, isso nos leva a pensar no que ocorre em outros estados brasileiros”, questiona.

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