Em 2023, o mercado automotivo registrou o pior fevereiro desde 2006. O mês fechou com 130 mil licenciamentos, o que representa uma queda de 1,8% sobre fevereiro de 2022, marcado pela falta de peças e modelos nas concessionárias. Com relação a janeiro, que tem quatro dias a mais, o recuo foi de 9%.Os dados são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Embora o setor ainda conviva com o desabastecimento de semicondutores na produção, as condições econômicas têm afetado o consumidor do carro zero, diante de juros elevados, modelos significativamente mais caros, inadimplência e restrições bancárias, como avaliou o presidente da Anfavea, Márcio Lima, em coletiva de imprensa:
“A tendência é que, a partir do mês de março ou abril, o mercado retome a uma condição um pouco melhor, apesar das limitações impostas pelos juros, em especial limitações de condições de crédito, mas principalmente pelas taxas de juros elevadas”.
Em fevereiro, a produção foi a menor para o mês em sete anos, com 161 mil carros comerciais leves, caminhões e ônibus, uma queda de 2,9% sobre o mesmo mês do ano passado. Em relação a janeiro, o total representa uma alta de 5,6%.
No acumulado do bimestre, a produção teve leve alta de 0,8%, com 313 mil veículos fabricados no país. Um dado positivo é o de que as vendas de veículos eletrificados, híbridos e plug-in cresceram 23% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. A expectativa é atingir 70 mil unidades, ao final de 2023, contra 49 mil unidades vendidas em 2022.