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quarta-feira, 8 maio, 2024

Passageiros de Uber e 99 voltam a usar ônibus e táxi

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Com o preço dos combustíveis em elevação, usuários de Uber e 99 têm reclamado de mais cancelamentos e tempo de espera maior para serem aceitos em corridas. Mesmo com os os aplicativos anunciando medidas para tentar reduzir os efeitos da alta, usuários de apps de corrida têm recorrido a outras alternativas mais baratas para se locomover.

A designer Thaiane Gomes, 30 anos, pediu uma corrida de Uber em Mauá, na região metropolitana de São Paulo, para retornar à sua casa na Ponte Rasa, zona leste da capital paulista. O motorista até chegou onde ele estava, mas recusou a corrida. Num intervalo de 50 minutos, Thaiane contou sete cancelamentos até finalmente ser aceita.

A designer chegou a pagar R$ 40 em um trajeto de aproximadamente meia hora. “O primeiro motorista se desculpou comigo e disse que não queria ir para São Paulo, que compensava ficar no ABC”, diz.

Essa não foi a primeira e nem a última vez em que Thaiane passou por alguma dificuldade para chamar uma corrida por aplicativo nos últimos meses.

Na avenida Paulista, um dos lugares mais movimentados de São Paulo, ela teve de pedir um táxi depois de ser rejeitada por motoristas do Uber por mais de 20 minutos. “É difícil a demora, mas sinto que eles estão tentando fazer o trabalho compensar de um jeito ou de outro [ao escolher corridas].”

Uma corrida que vale ouro

Com um maior tempo de espera, a publicitária Nathalia Costa, 30, começou se viu obrigada a se “programar para atrasar”. Ela mora em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, e aciona corridas de aplicativo todos os sábados de manhã para um percurso que custa de R$ 10 a R$ 15..

Ela prefere Uber e 99 por considerar o trajeto a pé perigoso para fazer sozinha. Diz também que o intervalo médio de 40 minutos do ônibus pode atrasar suas tarefas aos fins de semana. Mas Nathalia já chegou a perder compromissos por causa da demora para conseguir uma corrida.

“Eu comecei a me programar com 10, 20 minutos de antecedência. Mas já cheguei a esperar 40 minutos e ninguém me atendeu.”

Para a publicitária, além do combustível mais caro, pesa o fato de ela morar em São Bernardo e os motoristas de lá preferirem correr na capital paulista. Mesmo corridas com tarifas dinâmicas altas são negadas.

Outro lado

Em nota, o Uber alega que os passageiros voltaram a usar mais os serviços com o afrouxamento da pandemia, o que justifica o maior tempo de espera e o aumento nos cancelamentos.

“Os usuários estão tendo que esperar mais tempo por uma viagem porque, especialmente nos horários de pico, há momentos em que há mais solicitações do que motoristas parceiros disponíveis para atendê-las”, afirma, em nota.

Ainda segundo a nota, o preço dinâmico é uma ferramenta eficiente “porque, por um lado, faz alguns usuários adiarem a viagem à espera de um preço menor e, por outro, aumenta os ganhos dos motoristas para incentivar que mais parceiros se desloquem para atender aquela região.”

Em relação ao combustível, o Uber destacou um pacote de medidas que visa reduzir os custos dos motoristas que trabalham com o aplicativo. Desde 11 de março, as corridas estão 6,5% mais caras.

A 99 declara que os profissionais ganham um acréscimo de R$ 0,10 por quilômetro rodado para cada R$ 1 de aumento do combustível.

Segundo a empresa, uma corrida de 12 km em São Paulo, que gasta 1 litro na média para carro popular, o reajuste é de R$ 2,04 para esse trecho.

A 99 também afirma que o índice de cancelamento de corridas está abaixo de 5%. “Para permitir que o parceiro tome a melhor decisão em aceitar ou rejeitar a corrida, a 99 apresenta antecipadamente todas as informações relevantes sobre a viagem: valor aproximado, origem, destino e dados sobre o passageiro.” As informações são do UOL.

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