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domingo, 28 abril, 2024

O primeiro dia sem máscara

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Foi como nos tornássemos virgens novamente e fôssemos passar pela primeira experiência. Sair de casa sem máscara, entrar em restaurante sem máscara, andar na rua sem máscara. Só nos
perguntamos o porquê de demorar tanto tempo para tirar de nosso rosto algo incômodo, que nos fazia suar e dificultava nossa respiração. Prevenção, disseram.
Mas, e as vacinas? Não funcionavam até quarta-feira passada, e na quinta passaram a funcionar?
Então, já que estamos vacinados, podemos agora admirar outros sorrisos, outras expressões. Que bom cumprimentar nossos amigos e amigas com um sorriso que será visto. E receber cumprimento com um sorriso correspondente. Nada a nos atrapalhar.
Mas essa história da vacina ainda preocupa. Se tomamos a vacina estamos protegidos, correto? Não. A impressão que temos é que o vírus é mais malandro que os cientistas e médicos. Precisamos continuar passando álcool nas mãos, sob risco de perdermos a maciez da pele. Mulheres reclamaram mais.
Algumas afirmavam que havia tipos de álcool que afetavam suas unhas enfeitadas com esmaltes
bonitos. Funcionavam como a acetona.
Será que agora, vacinados e sem máscara, podemos dormir mais tranquilos, sabendo que a variante Ômicron também se foi? Ou já tem variante nova? O interessante é que hoje todo mundo está entendendo de vírus, de variantes e de vacinas. Talvez informados pelo besteirol apregoado pela TV. E ninguém precisou comprar o feijão abençoado do apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, para se curar.
Até que ponto nos contaram a verdade? Sabemos que em qualquer contenda, seja uma discussão ou uma guerra, a primeira vítima é a verdade. Vamos ficar sem máscara até quando? E talvez morramos sem saber se Cloroquina serve para alguma coisa. E os chás vendidos em feiras e por camelôs prometeram quase o impossível – pode não curar, mas previne.
Passamos praticamente dois anos sem ver muitos amigos. Passamos todo esse tempo sem festas (pelo menos as oficiais). Sem poder reunir a turma para o churrasco e para a cervejada. Muitos passaram esses dois anos sem sair de casa. Para alguns, solidão; para muitos, a descoberta que estar sozinho é bem melhor do que certas companhias.
Mas é melhor guardar as máscaras já estocadas. Nâo sabemos o que há pela frente. Não sabemos qual será a nova praga no mundo. Mundo cíclico, que de tempos em tempos nos surpreende. Ora com a gripe espanhola – que de espanhola não tinha nada – ora com surtos de meningite, ora com alguma guerra.
Mas hoje a maioria está mais feliz, podendo sorrir. A máscara foi para o lixo.

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