A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove a Semana Nacional da Vida, de 1º a 7 de outubro, e o Dia do Nascituro, em 8 de outubro. Segundo padre Crispim Guimarães dos Santos, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, a semana visa a valorização e a defesa da vida da concepção à morte natural. Santos diz ser importante que o Dia do Nascituro tenha sido assumido por outras instituições, além da Igreja Católica.
A Semana Nacional da Vida foi instituída em 2005 pela 43ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil e culmina no Dia do Nascituro, 8 de outubro, data escolhida pela proximidade com a festa de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro. O objetivo é propor à sociedade o debate sobre os cuidados, proteção e a dignidade da vida humana, em todas as suas fases. Neste ano, tem como tema “Família, Santuário da Vida”, retirado da encíclica Evangelium vitae, de são João Paulo II.
Com o objetivo de promover cada vez mais a valorização da vida humana, padre Crispim destacou a importância do Dia do Nascituro. Segundo ele, esta “é uma data assumida pela Igreja como algo nosso, mas também é celebrada por outras instituições”, como as associações pró-vida no Brasil. Para o sacerdote, “é importante que esta data seja aberta para uma reflexão maior fora da Igreja”.
Trata-se de uma celebração que, para o assessor, deve “possibilitar também um espaço de discussão”, a fim de “influenciar de forma positiva a sociedade, os políticos a fim de gerar uma conscientização para a pauta da defesa da vida”. “As políticas públicas em defesa da vida são primordiais. Por isso, os políticos católicos devem estar vigilantes em relação a tudo aquilo que atenta contra a vida e a fim de criar espaços para uma legislação que promova e defenda a vida”, disse.
Em julho, o presidente Jair Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei que institui o Dia Nacional do Nascituro e de Conscientização sobre os Riscos do Aborto, a ser comemorado, anualmente, no dia 8 de outubro. Segundo a Secretaria Geral da Presidência, “a proposta objetiva ampliar as ações do governo na defesa do direito fundamental à vida da criança nascitura e nos alertas às graves consequências do aborto para o bem-estar físico e psíquico das mulheres”.
Para padre Crispim, este projeto de lei “é bem-vindo”. “Esse projeto vem de encontro ao que defendemos, que é a valorização da vida. Então, independente de governo, é bem-vindo, porque está na mesma pauta que é a defesa da vida”.