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quinta-feira, 2 maio, 2024

Seca pesará mais do que efeitos da geada na produção de café em 2022

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Conclusão foi de especialistas que participaram da 3ª edição do Fórum Café e Clima Cooxupé, na terça-feira (21)

As condições climáticas e os impactos para a safa de café em 2022 foram os temas centrais da 3ª edição do Fórum Café e Clima da Cooxupé, realizado virtualmente na terça-feira (21). Entre os cenários traçados pelos especialistas convidados, está o impacto da crise hídrica. A seca deve pesar mais na produção de café para o próximo ano do que as geadas.
“O café e a seca convivem harmonicamente há anos, por conta da resiliência dos cafeeiros. Mas, a planta não tolera tantos períodos de seca severa, como o que vivemos. Portanto, haverá perdas”, diz o professor José Donizeti Alves, da Universidade Federal de Lavras, um dos palestrantes do evento.
Ainda segundo Donizeti, são dois momentos que afetam a produção, o do crescimento do ramo e a florada. A seca vai encurtar a janela de crescimento do ramo neste ano, e assim vão faltar folhas para produzir café em 2022. O especialista explicou que esse impacto é maior do que o produzido pela geada, que também prejudicou 170 mil hectares de café.
Nesse contexto, o Coordenador de Geoprocessamento da Cooxupé, Éder Ribeiro dos Santos, explicou, durante sua palestra no Fórum, que os fatores relacionados ao clima afetam entre 60% a 70% na variação da produção. Além disso, entre esses fatores, a deficiência hídrica é responsável por 56% da queda de produtividade do café. O coordenador também destacou que, com os longos períodos de seca, também há baixo armazenamento de água no solo, o que afeta as plantas.
O cenário para o próximo ano não é animador, segundo explicou o professor da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Baldicero Molion. “No trimestre de janeiro a março, teremos chuvas abaixo da média. Principalmente em fevereiro e março, haverá redução de 40% a 60% da média de chuvas”, diz.
Ainda sobre as perspectivas, ele também destacou o cenário dentro dos próximos 15 anos. “Teremos um clima diferente, em média mais seco e mais frio, semelhante ao do período dos anos 1960 até a metade da década dos anos 1970”.
No encerramento do Fórum Café e Clima, o presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, também destacou a importância dos produtores terem acesso a essas informações e alternativas. O Fórum, que teve transmissão pelo Youtube da Cooxupé, pelo Notícias Agrícolas e Hub do Café, reuniu mais de 2 mil expectadores. O evento pode ser assistido na íntegra no canal da cooperativa no Youtube.

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