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sexta-feira, 26 abril, 2024

Estelionatária se passa por herdeira milionária e aplica golpes de R$ 10 milhões

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Otaciane Coelho, uma das maiores estelionatárias do Pará, se apresenta como herdeira de R$ 38 milhões para enganar vítimas na venda de aviões e para conseguir empréstimos

Uma mulher que se passava por herdeira milionária e empresária foi presa na terça-feira (21), em um apartamento de luxo no centro de Belém, capital do Pará. Otaciane Coelho é suspeita de praticar o crime de estelionato contra dois empresários do ramo da aviação, em um golpe avaliado em R$ 1,6 milhão.

Segundo a Polícia Civil, responsável por cumprir o mandado de prisão, Otaciane é considerada uma das maiores estelionatárias do estado, e já fez vítimas em outros três municípios paraenses. O valor total dos golpes é estimado em R$ 10 milhões.

De acordo com o delegado titular da Divisão de Investigações e Operações Especiais, Neyvaldo Silva, o que mais chama atenção é o poder de persuasão da suspeita. “Ela se dizia empresária, foram diversas vítimas lesadas pelo poder de convencimento dela, inclusive pessoas de padrão intelectual muito alto”.

Os agentes policiais chegaram à suspeita depois que uma investigação foi instaurada para apurar a denúncia realizada por uma dupla de empresários que procurou a polícia após ter pago R$ 1,6 milhão por uma aeronave que não foi entregue. De acordo com as vítimas, Otaciane se empenhava para convencer de que era dona de uma fortuna. Na persuasão, a estelionatária contava com uma produção cinematográfica, na qual chegava a contratar empresas de segurança para se passar por uma autoridade.

“Ela tinha muito dinheiro. Dizia que era fazendeira, dona de supermercado, dona de grupo de farmácias e dona de imóveis. Ela dizia que ia receber uma herança de R$ 38 milhões e precisava de dinheiro adiantado para, inclusive, dar uma espécie de propina aos desembargadores — para dar fluência e andamento a este processo”, explica Elson Soares, advogado de uma das vítimas.

Segundo o delegado Neyvaldo Silva, a suspeita é que haja mais envolvidos no golpe. O delegado informou que Otaciane cometia crimes de estelionato em Altamira, onde atuava com mais frequência; Belém; Benevides; e Porto de Moz, cidade onde nasceu. De acordo com as investigações, ela também aplicou golpes em cartórios que chegam a R$ 800 mil.

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