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sábado, 27 abril, 2024

Empresários e lideranças políticas e religiosas divulgam manifesto em defesa das eleições

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Empresários, lideranças religiosas, entidades da sociedade civil e lideranças políticas assinaram, nesta quarta-feira (4), manifesto em apoio ao sistema eleitoral brasileiro.

O texto foi divulgado no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) incluiu o presidente Jair Bolsonaro em inquérito das fake news por ataques às urnas eletrônicas. Após a inclusão, Bolsonaro ameaçou agir fora da Constituição.

O comunicado, batizado de “Eleições serão respeitadas”, afirma que há confiança no sistema de votação eletrônica, que tem o presidente tem posto em causa sem apresentar provas, e que “a sociedade brasileira é garantidora da Constituição e não aceitará aventuras autoritárias.”

Entre os assinam o manifesto estão empresários como Luiza Trajano, do Magazine Luiza, Roberto Setúbal, do Itaú e Guilherme Leal, da Natura.

A lista inclui o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim – que também foi ministro da Justiça e da Defesa –, os ex-presidentes do Banco Central Gustavo Loyola, Ilan Goldfajn e Pedro Malan, o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão e o ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro.

Economistas como Elena Landau, Persio Arida e Samuel Pessoa também subscrevem o documento, assim como Cardeal Dom Odilo Scherer, e o rabino da Congregação Israelita Paulista Michel Schlesinger.

STF inclui Bolsonaro em inquérito

O documento foi divulgado no mesmo dia em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes determinou a inclusão do presidente Jair Bolsonaro como investigado no inquérito que apura a divulgação sobre informações falsas.

A decisão de Moraes atende ao pedido aprovado por unanimidade pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A apuração levará em conta os ataques, sem provas, feitos pelo presidente às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral do país.

Mesmo após ser eleito, Bolsonaro tem feito nos últimos três anos reiteradas declarações colocando em dúvida a lisura do processo eleitoral, mas sem apresentar provas.

O inquérito das fake news foi aberto em março de 2019, por decisão do então presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, para investigar notícias fraudulentas, ofensas e ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal.

Esse é o terceiro inquérito no Supremo que inclui o presidente. Ele já é investigado pela suposta interferência política na Polícia Federal e por prevaricação no caso Covaxin.

Veja íntegra do manifesto

“O Brasil enfrenta uma crise sanitária, social e econômica de grandes proporções. Milhares de brasileiros perderam suas vidas para a pandemia e milhões perderam seus empregos.

Apesar do momento difícil, acreditamos no Brasil. Nossos mais de 200 milhões de habitantes têm sonhos, aspirações e capacidades para transformar nossa sociedade e construir um futuro mais próspero e justo.

Esse futuro só será possível com base na estabilidade democrática. O princípio chave de uma democracia saudável é a realização de eleições e a aceitação de seus resultados por todos os envolvidos. A Justiça Eleitoral brasileira é uma das mais modernas e respeitadas do mundo. Confiamos nela e no atual sistema de votação eletrônico. A sociedade brasileira é garantidora da Constituição e não aceitará aventuras autoritárias.”

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