O presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi assassinado a tiros hoje em um ataque a sua residência, anunciou o primeiro-ministro interino do país, Claude Joseph, que colocou o país em estado de sítio. Moise tinha 53 anos.
O presidente foi morto na casa dele por estrangeiros que falavam inglês e espanhol. Eles atacaram a residência do presidente da República.
A mulher do presidente, Martine Moise, ficou ferida no ataque e foi hospitalizada, disse Joseph, que pediu calma à população e afirmou que a polícia e o Exército estão encarregados de manter a ordem.
Joseph condenou o que chamou de “ato odioso, desumano e bárbaro”, acrescentando que a Polícia Nacional do Haiti e outras autoridades tinham a situação no país caribenho sob controle.
O ataque ocorreu em meio a uma onda crescente de violência política no país. Com o Haiti politicamente dividido e enfrentando uma profunda crise humanitária e escassez de alimentos, há temores de uma desordem generalizada. Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU voltou a condenar a violência no país.
“Todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do estado e proteger a nação”, disse Joseph. Tiros foram ouvidos em toda a capital, Porto Príncipe.
Moise vinha enfrentando protestos ferozes desde que assumiu a presidência em 2017, com a oposição o acusando de tentar instalar uma ditadura ao prolongar seu mandato e tornar-se mais autoritário, acusações que ele sempre negou.