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sexta-feira, 22 novembro, 2024

Na contramão do mercado, Sony encontra na Netflix refúgio para seus filmes no streaming

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Podemos imaginar que hoje em dia o grande sonho (ou grande objetivo, como queira) de todo grande estúdio de cinema é ter seu próprio serviço de streaming, certo? Errado. Vem cá que eu te explico: Nesta última quinta-feira (8) a Sony Pictures fechou um acordo milionário com a Netflix, a gigante e precursora do streaming de filmes e séries, para que a partir de 2022 seus grandes lançamentos encontrem refúgio online assim que deixarem as salas de cinema (ao menos, dentro dos Estados Unidos por enquanto). Ao invés de criar seu próprio serviço de streaming, a Sony apostou em uma estratégia diferente de suas concorrentes: levar seu conteúdo para uma plataforma extremamente acessível, difundida no imaginário popular e consolidada no mercado do entretenimento.

Bom, o streaming chegou para ficar e opções é que não faltam. Afinal de contas, quanto mais concorrência, melhor para o público, certo? Talvez essa famigerada máxima também esteja errada, nesse caso. O streaming é um mercado que, inegavelmente, cresceu e floresceu nas últimas décadas (desde 2007 ao menos, quando a Netflix de fato passou de uma locadora com serviço de delivery para uma biblioteca de filmes online) mas será que já não temos serviços de streaming demais? Será que todas as novas plataformas encontrarão seu devido público, se tornarão viáveis e cativarão a atenção do público, como seus predecessores? É a dúvida que, sinceramente, eu fico. E pelo visto, é a mesma dúvida que a diretoria da Sony Pictures Entertainment Inc. também tem. Ou tinha.

Fora um fato óbvio: Se formos assinar a maioria dos serviços de streaming disponíveis no mercado, em seus variados segmentos, a única certeza absoluta que termos é de que realmente estaremos fartos de opções e que, ainda sim, deixaremos todo o nosso salário com o cartão de crédito. A escolha a ser feita nessa ocasião exige um pouco de sabedoria, afinal de contas, precisa valer a pena desembolsar um determinado valor desde que você realmente consiga consumir aquele serviço. O contrário disso chama-se desperdício. Simples assim.

Ainda não dá para saber se o negócio milionário entre a Netflix e a Sony (de valor não divulgado) abrirá precedente para que outros grandes estúdios, afoitos por audiência e por proximidade com o público, façam a si mesmos a mesma pergunta que eu próprio faria: O que vale mais a pena? Investir milhões de dólares em uma nova plataforma (somado a grandes ações de marketing), onerando mais uma vez o público consumidor com um outro “serviço exclusivo” (que talvez nem valha a pena para as pessoas clientes de outras empresas, o que é um problema) ou simplesmente fazer parceria com uma plataforma popular, que está pronta para recebe-lo de braços abertos (afinal, ela possui o público e você, o conteúdo, juntado assim “a fome com a vontade de comer”). Só o que dá para saber por enquanto é que os americanos ano que vem assistirão, se assim desejarem, blockbusters como Uncharted e o novo Homem-Aranha de Tom Holland no conforto de seus lares pouquíssimo tempo depois dessas produções deixarem as salas de cinema (aonde a covid-19 já não impede mais as pessoas de comerem pipoca no escurinho). E isso sim é uma boa opção.

Felipe Gonçalves

Apresentador do Novo Dia Geek

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