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segunda-feira, 29 abril, 2024

Ordem e progresso: 150 dias sem presidente

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Milhares de vereadores, secretários, prefeitos, deputados, senadores e ministros morrem misteriosamente na ficção política do escritor Victorino Aguiar; quem terá coragem agora de assumir o maior cargo político brasileiro?

A classe política está em crise no cenário criado pelo escritor carioca Victorino Aguiar em Povo Heroico – Mãe Gentil. A espiral de mortes não para de crescer em todos os níveis: milhares de políticos morrem em sequência, seja por morte natural, fenômenos da natureza ou acidentes trágicos.

Alguns terminam fulminados por ataques cardíacos, outros morrem de hepatite. Há ainda quem tomba diante do temível coronavírus… as razões são diversas. A questão é que ninguém consegue explicar a mortandade. As suposições também são diversas. Seriam as mortes um caso especial da teoria da seleção natural de Darwin?

Como se o cenário catastrófico não fosse o suficiente, entra em cena o Comando de Caça e Combate Contra Conspiradores (CCCCC) – organização criminosa que passa a combater os que tentam se aproveitar do caos para punir os corruptos e banir de vez a atuação na vida pública de quem traga em si o DNA da corrupção. Na prática, o CCCCC é um grupo paramilitar clandestino que sequestra, julga e executa qualquer cidadão que o grupo acredite estar envolvido na construção de uma nova Nação. Duas das principais vítimas do grupo são uma promotora de justiça e um juiz federal, responsáveis pela condenação de inúmeros corruptos e corruptores.

Apesar de ficcional, a obra do professor graduado em Letras pela UERJ tem forte conexão com a realidade vivida ultimamente pelo país, ao mesmo tempo que ressalta a resiliência e a força da união do povo brasileiro. A famosa declaração “Independência ou Morte” é transformada em divisa e utilizada pela população que se mobiliza em busca de uma nova ordem.

O romance descreve a trajetória de um país herdeiro de centenários paradigmas trazidos pelos colonizadores. A Nação é extremamente apegada a estes paradigmas, que, aparentemente, funcionam bem e a elevaram a posição de destaque internacional. Tudo funciona às mil maravilhas, mas, com o surgimento de um fenômeno que ceifa a vida de dezenas de milhares de políticos profissionais e detentores de cargos públicos de alto escalão, as coisas começam a mudar. Para piorar, o fenômeno estende seu raio de ação por outras camadas da sociedade. Líderes religiosos, intelectuais de alta estirpe, ícones do mundo artístico, globais de toda ordem começam a morrer das mais variadas causas. A classe dos políticos profissionais vai sendo levada gradativa e inexoravelmente para o túmulo. O País entra em colapso. O caos se instala. Neste ambiente, duas forças se digladiam e lutam pelo poder.

Victorino Aguiar nasceu no Rio de Janeiro, capital. É formado em Letras pela UERJ e atuou como professor do Estado do Rio de Janeiro e professor do município de Saquarema (RJ).

E se a isca for você?

João Pedro Portinari Leão expõe todo o drama e emoção que passou ao sofrer o ataque de um dos tubarões mais temidos do oceano em autobiografia impressionante chamada A Isca

“Não fiquei assustado ou desesperado. Foi matemático, como um mais um é igual a dois. Tive certeza de que iria morrer. Seria rápido e sem sofrimento. O tubarão veio de baixo para cima, do fundo do oceano, e abocanhou minha perna, segurando-a com seus dentes e rasgando minha pele. Em seguida, deu um golpe de corpo, mudando sua direção em 180 graus

O trecho é o ápice de uma das histórias reais mais surpreendentes que você vai ler. Sobrevivente a um ataque de tubarão “no quintal de casa”, João Pedro Portinari Leão transmitiu toda a adrenalina em um relato tão emocionante quanto assustador. A Isca, publicado pela editora Edite, mergulha na surpreendente história real do windsurfista e escritor que passou a ser chamado de João Tubarão.

Um acontecimento que poderia muito bem estar no roteiro de um filme de Steven Spielberg. Em 1997, João tinha acabado de voltar de uma viagem de seis meses no Havaí. “Estava com mais coragem do que nunca”, relembra na obra. Ele e um amigo tinham comprado uma prancha de windsurfe e estavam testando até onde poderiam chegar com o “brinquedinho novo”. No dia 20 de abril daquele ano, um domingo véspera de feriado de Tiradentes, João saiu para velejar em condições perfeitas: muito sol e vento em Búzios (RJ).

O que ele não sabia era que aquele dia ideal para praticar seu esporte favorito traria o maior desafio da sua vida: encarar de frente um tubarão-branco de quase quatro metros de comprimento. “Hoje, entendo porque fui atacado por um tubarão-branco no quintal de casa. Invadi o território dele (…). Não respeitei o mar. Achava que era dono dele. Aprendi que não sou dono do mar. Os verdadeiros donos são os peixes”, relata.

A autobiografia, que levou dez anos para ser publicada, é um apanhado das histórias da família de João – sobrinho-neto de Cândido Portinari –, que tem uma relação íntima com o mar. Seu pai, avós e tios praticam pesca submarina e o contato com a praia sempre foi visceral.

Tanto é que mesmo depois do trágico encontro, João não deixou de praticar o esporte e, após mais de sete meses de recuperação, voltou à liberdade que apenas o oceano oferecia. Mas, dessa vez, na presença de um companheiro imaginário, um tubarão-fantasma que o atormentava, mas que não conseguiu vencê-lo.

Por dentro da máfia: uma perigosa história de amor

A adrenalina e paixão dos filmes de Hollywood invadem a literatura em “Doce Perigo”, novo lançamento erótico da escritora Valéria Veiga

Sarah Campbell é uma mulher de personalidade e dona de si, em busca de realização profissional. Sem perceber, envolve-se com Ryan Cooper, chefe de uma máfia americana envolvida com tráfico de armas, drogas e lavagem de dinheiro.

Este poderia ser tranquilamente o enredo de um filme de Hollywood, mas compõe a eletrizante trama de Doce Perigo, o primeiro livro de uma série de seis volumes, lançado pela escritora Valéria Veiga.

Por viver nos Estados Unidos e morar perto dos estúdios de cinema, a escritora resolveu trazer a emoção dos longas-metragens para dentro da literatura. Somado a um romance picante e conturbado, repleto de reviravoltas, o livro evidencia temas como moral e ética, e empoderamento feminino, com a personalidade da protagonista.

Depois de se envolver física e emocionalmente no relacionamento, Sarah percebe que as coisas começam a mudar em relação a Ryan, já que ele passa a dar sinais de perseguição e extrema proteção. É quando abre o jogo e revela o fato de levar uma vida dupla como criminoso.

Com uma trama envolvente e uma narrativa fluida, a escritora mostra que mesmo um sentimento genuíno como o amor pode levar pessoas por um caminho sombrio e duvidoso.

Autora de títulos como “Sem Fim” e “Casa Comigo?”, Valéria Veiga já é um nome conhecido em plataformas de leitura digital, como o Wattpad. Soma mais de 2 milhões de registros de leitura no Wattpad e 750 mil downloads no Amazon Kindle.

Sinopse: Sarah se formou em publicidade e quer uma vaga como assistente na empresa de Ryan Cooper. Um dia, quando está voltando pra casa distraída, ela é atropelada por ele e, a partir deste momento, inicia-se um pequeno relacionamento bem hot, até descobrir que ele será seu chefe. Mas além de CEO, Cooper tem uma outra vida que pode colocar a dela em perigo. Trabalhando juntos, eles vão iniciar um relacionamento intenso, movido por paixão, ciúmes e muitos encontros picantes. Sarah não faz a linha submissa, e isso vai virar a cabeça desse dominador que nunca tinha sido desafiado. Embarque com Ryan e Sarah Cooper nessa comédia romântica hot eletrizante, que vai acrescentar ação e suspense em sua continuação.

Jovens reconstroem a memória e o rosto de mulheres negras

Escrito e ilustrado por mulheres, livro Narrativas negras traz a biografia de 41 nomes femininos desde a luta contra escravidão. Trabalho lançado por editora foi idealizado pela universitária Isadora Ribeiro e Júlia Rodrigues

Não se conhece o rosto de Maria Firmina dos Reis (São Luís, 1822-1917), a primeira mulher a escrever um romance no Brasil e pioneira na literatura abolicionista. Tereza de Benguela chefiou um quilombo que reuniu centenas de negros e índios no século XVIII, mas não se sabe ao certo onde ela nasceu nem como morreu. Mulher de Zumbi dos Palmares (União dos Palmares, 1655-1695), Dandara divide historiadores, e a escassez de registros sobre ela torna sua existência para muitos uma lenda. A primeira advogada do Piauí era uma negra escravizada e foi assim reconhecida 247 anos depois de escrever uma carta ao governador da então província denunciando maus-tratos que sofria nas mãos de um novo senhor: “Pelo que peço a V.S. pelo amor de Deus e do seu valimento, ponha aos olhos em mim, ordenando ao Procurador que mande para a fazenda aonde ele me tirou para eu viver com meu marido e batizar minha filha”, escreveu Esperança Garcia, em 1770.

Apagamento histórico, reconhecimento tardio e situações de exploração —e de resistência— coincidem na trajetória de mulheres negras que ajudaram a construir e pensar o Brasil mas estão ausentes dos livros didáticos e de literatura ou, mais recentemente, relegadas a capítulos menores de obras que resgatam personalidades femininas, em sua maioria brancas, de relevância no país. A busca por referências sobre mulheres negras, duplamente ocultadas pelo machismo e pelo racismo, mobilizou cerca de 60 escritoras e ilustradoras a colocar algumas dessas vidas no papel: assim surgiu o livro Narrativas negras – Biografias ilustradas de mulheres pretas brasileiras, uma publicação bancada por meio de financiamento coletivo e lançada em outubro pela editora mineira Voo.

A ideia do livro, que traz o perfil de 41 mulheres desde a luta pela abolição da escravatura até os dias atuais, é da estudante de design gráfico Isadora Ribeiro, de 21 anos, que em abril de 2019 precisou elaborar um projeto de livro para a faculdade. “Eu sempre fiquei incomodada com a ideia de fazer projetos gráficos para a faculdade e depois deixar esses trabalhos dentro da gaveta. Esses projetos não são baratos. Decidi então fazer algo que eu pudesse publicar de verdade e que fizesse sentido”, conta a jovem, que mora em Belo Horizonte. “Como não sou escritora, fiz um chamado nas redes sociais para encontrar mulheres que pudessem escrever.” Surgiram interessadas, o projeto foi crescendo e outras ilustradoras se somaram ao trabalho, formando um coletivo de mulheres de diferentes idades e regiões do Brasil —nem todas são negras, mas Isadora afirma que teve como critério escolher aquelas comprometidas com a causa antirracista e com consciência de seu lugar de fala.

Não foi um trabalho fácil, a começar pela seleção de quem seria biografada. Também negra, Isadora brinca que na época não era capaz de lembrar mais que dois nomes de figuras históricas ou com trajetórias de vida inspiradoras para compor o livro, dada a falta de referências não brancas. Após um processo inicial de pesquisa, chegou a 30 nomes. Livros com listas de mulheres importantes foram uma das fontes iniciais para mapear as escolhidas. “Tive de comprar vários para conseguir achar esses nomes, porque na maioria deles havia uma amostragem muito pequena de pessoas negras”, comenta a fundadora do coletivo e idealizadora do livro, que assina o projeto gráfico e também fez ilustrações. Ao longo da produção, foram incorporadas sugestões das colaboradoras. “Por mais que no livro a maior parte das retratadas seja do Sudeste, as meninas do Norte, do Nordeste e do Sul trouxeram muitos nomes para que a gente tivesse uma diversidade regional”, conta.

Churrasco em palavras

O crítico gastronômico Josimar Melo lança o livro Bom Churrasco, que conta a trajetória das principais churrascarias que fizeram e fazem sucesso na capital paulista. Na obra, o jornalista destaca histórias de empreendedorismo, curiosidades, belas imagens e receitas consagradas em casas como Rubaiyat, Rodeio, Templo da Carne, Fogo de Chão, Dinho’s, Barbacoa, Jardineira, Varanda, NB Steak e Corrientes 348. O livro está à venda nas principais livrarias do país e nos restaurantes Mania de Churrasco, que vão reverter 50% do valor da obra à ONG Amigos do Bem, cuja missão é levar auxílio às famílias do sertão nordestino.

Preço sugerido: R$ 150

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A Editora Urbem faz parte do Grupo Novo Dia e edita livros de diversos assuntos e também a Urbem Magazine, uma revista periódica 100% digital.
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