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sexta-feira, 22 novembro, 2024

Cavalin agradece apoio da população de Itupeva e lamenta descrédito na política local

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Candidato do MDB ficou em segundo lugar nas eleições por uma diferença de pouco mais de 500 votos

Apesar de encenar uma vontade de mudança, os eleitores de Itupeva se agarraram a velha política e elegeu o prefeito cassado Marcão Marchi (PSD) para administrar a cidade pelos próximos quatro anos. O descrédito na política local se refletiu nas urnas com o alto número de abstenção 10.705 (25,76%). A cidade também registrou 1.331 (4,31%) votos brancos e 2.275 (7,37%) votos nulos.

Candidato pelo MDB, Rogério Cavalin afirma que sentiu esse descrédito dos eleitores ainda durante campanha eleitoral. “Eu senti que a população de Itupeva quer mudança, mas também senti uma tristeza do eleitor. Dá para notar esse descrédito com o alto número de abstenção que tivemos no município. Eu respeito e sempre vou respeitar os resultados das urnas, porque tivemos um processo democrático muito positivo. Mas é uma pena que muitos cidadãos optaram por não votar, escolher votos em branco ou nulo”, comenta.

Cavalin ficou em segundo lugar nas eleições municipais ao receber 11.827 votos, o que corresponde a 43,40%. “O processo eleitoral foi além do esperado. Ficamos satisfeitos, porque crescemos muito e estamos felizes com o resultado. Agradeço a todos que votaram. Fizemos uma campanha limpa, sem ofensas, sem jogar santinhos nas ruas. Aliás, até ajudamos a limpar as vias que estavam sujas. Seguimos todas as regras da Justiça Eleitoral e a população reconheceu isso, porque sinto que estão querendo uma nova política baseada em propostas, sem difamação aos opositores”, avalia.

O primeiro colocado, Marcão Marchi foi eleito com uma diferença de pouco mais de 500 votos. Tanto Marchi quanto seu vice, Alexandre Mustafá, estão afastados pela Justiça Eleitoral da prefeitura de Itupeva por cometerem irregularidades na campanha eleitoral de 2016.

Na época, segundo a Justiça, Marcão criou um jornal chamado “Gazeta de Itupeva” usado exclusivamente para promover Marcão como “solução” para os problemas da cidade e ofender o prefeito da cidade na época. Contudo, a Justiça apontou a atitude como ilegal e levou Marcão a ser condenado e perder o cargo de prefeito.

Apesar de passar os últimos quatro anos respondendo ao processo e recorrendo das condenações na Justiça, Marchi e Mustafá saíram como candidatos em 2020 e foram eleitos novamente.

Eleição indireta – O fato é que todo esse imbróglio traz consequências negativas a Itupeva e o município vai passar por um novo processo eleitoral nos próximos 30 dias. Isso porque a Justiça Eleitoral determinou a realização de eleições suplementares para escolher um novo prefeito que irá comandar o município até o final do ano.

Atualmente Itupeva tem Tatiana Salles como prefeita. Ela era presidente da Câmara dos Vereadores quando a Justiça determinou o afastamento de Marcão Marchi da prefeitura no início de novembro.

O novo processo eleitoral já foi aberto pelo atual presidente da Câmara, Jota Júnior, e a eleição será realizada pelo poder Legislativo. Isso quer dizer que vale as mesmas regras eleitorais, no entanto quem elege o prefeito e o vice-prefeito são os vereadores da cidade. Nesse caso, os eleitos ocuparão o cargo somente até o dia 31 de dezembro de 2020.

Presidente do MDB em Itupeva, Cavalin lamenta que a cidade tenha que passar por esse processo. “Isso é muito ruim para a nossa política e para Itupeva. São essas coisas que fazem os eleitores não acreditarem mais na política. Ter um prefeito cassado, depois um processo indireto para comandar a prefeitura em tão pouco tempo para fechar 2020”.

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