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terça-feira, 14 maio, 2024

As histórias (ou lendas) sobre Pelé

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Durante sua vida como jogador de futebol, Pelé esteve no centro de muitos acontecimentos no mundo. Há muitas histórias sobre ele – quase todas verdadeiras. Algumas delas:

Trégua na guerra civil

Nos anos 1960, o Santos era um time de vivia de excursões. Time famoso por conquistas, e com Pelé jogando, p Santos viajou o mundo. Um dos jogos aconteceu na Nigéria, e o Santos ganhou do time local por 2×1, em Benin. Só que havia guerra civil na Nigéria pelo controle de Biafra. Para que o Santos pudesse jogar, os líderes dos grupos combatentes fizeram uma trégua.

Numa biografia sobre o jogador lançada em 2017, Pelé confirma a história. “Fomos informados de que a guerra civil seria interrompida por causa do jogo de exibição”. No dia, biafrenses e nigerianos viram o jogo em paz, e para mostrar boa vontade, foram ao estádio desarmados.

Nada da Europa

Se Pelé estivesse jogando nos dias atuais, certamente estaria num clube europeu ganhando dez vezes mais que Neymar, Messi ou Cristiano Ronaldo. Na realidade, Pelé, quando estava no auge, só não foi jogar na Europa porque o Santos não aceitava propostas, como as do Real Madrid e as do Milan. A pressão para que Pelé continuasse no Brasil era muito grande, a ponto de, em 1961, o então presidente Jânio Quadros assinou um decreto declarando Pelé tesouro nacional, que não podia ser exportado.

Em toda sua vida Pelé jogou somente pelo Santos, pela Seleção Brasileira e pelo New York Cosmos (1975), quando já estava praticamente aposentados. Na época, o Cosmos contratou figurões na tentativa de tornar o futebol popular nos Estados Unidos.

Troca de juiz

Em julho de 1968 o Santos foi jogar em Bogotá, capital da Colômbia. O estádio estava lotado (todos queriam ver Pelé). Mas o juiz Guillermo Velasquez teve a infeliz idéia de expulsar Pelé, que reclamava muito de entradas violentas e resolveu revidar.

Os jogadores do Santos cercaram o juiz – as fotos depois o mostravam com um olho roxo. Nas arquibancadas, os torcedores protestaram. No intervalo o juiz deixou o jogo, assumindo um dos bandeirinhas, e Pelé voltou ao campo.

Esnobada nos Beatles

Contratado pelo Cosmos, Pelé se mudou para Nova Iorque em 1975. Como não entendia o idioma, entrou numa escola para aprender inglês. Num dos intervalos, esbarrou em John Lennon, que também morava por lá, e ia à mesma escola para aprender japonês – John era casado com Yoko Ono.

Num desses encontros, Lennon contou a Pelé que ele e seus companheiros tentaram visitar o hotel onde a seleção se hospedava durante a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra. Foram os cartolas brasileiros que proibiram tal visita.

O sequestro

Pelé era motivo de festa por onde passava. Ser carregado nos ombros pelos torcedores tinha se tornado uma rotina. Em Trinidad-Tobago (Caribe), em setembro de 1972, havia distúrbios nas ruas motivados por políticos. Mas o Santos foi cumprir o contrato no estádio Port of Spain.

Terminado o jogo, os torcedores invadiram o campo e carregaram Pelé nos ombos. Mas resolveram deixar o estádio e passear com Pelé pelas principais ruas da cidade.. Foi um sequestro amigável, sem consequências.

Capitão única vez

Em toda sua carreira como jogador, Pelé sempre recusou a braçadeira de capitão. Nem na Seleção Brasileira, nem no Santos nem no Cosmos quis saber de ser o capitão. Mas em 1990, amigos organizarm um jogo em Milão para comemorar seu 50º aniversário: Brasil contra o Resto do Mundo. Pelé jogou os primeiros 45 usando a braçadeira de capitão, e o Brasil perdeu por 2 x 1.

O jogo ficou conhecido por outros motivos. O atacante Rinaldo, que jogava pelo Fluminense, levou a bola até a área, e em vez de passar para Pelé, que estava livre, resolveu bancar o herói e errou o gol. A bronca foi federal – se Rinaldo não tivesse sido fominha, quem sabe…

Outras curiosidades

  • Pelé jogou como goleiro pelo Santos quatro vezes e não tomou gol. Na época, o goleiro não podia ser substituído por outro. Um dos jogos foi a semifinal do Campeonato Paulista de 1964.
  • Existem mais Pelés. Um deles é Abedi Pelé, o mais famoso de Gana, na África. Abedi nasceu Ayew. Na Inglaterra, o zagueiro cabo-verdiano Pedro Monteiro, que ingressou no Southampton em 2006, também era conhecido como Pelé, apelido que ganhou na infância. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Edson explodiu como nome escolhido após as façanhas de Pelé. Na década de 1950, havia 43.511 pessoas chamadas Edson no Brasil. Duas décadas depois, depois que Pelé marcou mais de mil gols e ganhou três Copas do Mundo, o número cresceu para mais de 111 mil.
  • Em 1990, Pelé foi lembrado para se candidatar à Presidência da República, mas isso acabou não aconteceu. Acabou se tornando ministro do Esporte fr 1995 a 1998.
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