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sexta-feira, 22 novembro, 2024

Turismo brasileiro tem prejuízo de R$ 154 bilhões

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Com a pandemia, as pessoas deixaram de viajar a passeio. Não só os hotéis sofrem com isso. Uma cadeia imensa de comerciantes e prestadores de serviços deixam de ganhar seu dinheiro com a falta de turistas. A estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é que o setor deixou de faturar R$ 154 bilhões entre a segunda quinzena de março e fim de julho. O cálculo foi feito com base nas pesquisas do IBGE e nas séries históricas de fluxo de passageiros e aviões em 16 aeroportos nacionais. Segundo a CNC, o setor está funcionando com 14% de sua capacidade de gerar receita.

Como exemplo da desgraça, está o setor hoteleiro – em algumas cidades c onsideradas turísticas, há hotéis com somente 5% de ocupação. O ramo de alimentação só não foi pro buraco porque recorreu ao delivery. E o turista, consumidor final, não coloca o orçamento como obstáculo, mas mudou de comportamento – tem medo de aglomeração, de entrar em avião e de ficar num quarto de hotel. E quando a pandemia passar, a previsão é que o turismo só volte ao nível de antes de março em 2023.

Mais da metade desse prejuízo está em São Paulo e Rio de Janeiro. No fim de julho, o aeroporto de Congonhas (São Paulo) tinha queda de movimento de 86%. O Galeão (Rio de Janeiro), 77%. E há menos gente viajando. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) Turismo 2019, divulgados pelo IBGE, apenas duas em cada dez famílias brasileiras viajam, ou por motivos pessoais ou por motivos profissionais. E a maioria não passa dos limites do estado onde mora.

Segundo a mesma pesquisa, dos 72,5 milhões de domicílios brasileiros, em apenas 22% algum morador fez algum tipo de viagem de março e julho. Entre os que não viajaram, 48,9% disseram que não tiveram dinheiro para isso. Entre os de faixa de renda mais baixa, um em cada quatro viajou para tratamento de saúde. Entre os que viajaram, 13,5% tiveram como motivação questões profissionais. As demais 86,5% viagens foram pessoais, a maioria para visitar amigos ou parentes (36,1%) ou em busca de lazer (31,5%). Das 21,4 milhões de viagens analisadas, 96,1% (20,6 milhões) foram nacionais e apenas 3,9% (828,7 mil) foram internacionais. Quase metade das pessoas viajou de carro particular ou da empresa (46,6%) e se hospedou em casa de amigos ou parentes (47,3%).

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