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quarta-feira, 8 maio, 2024

População brasileira deverá encolher em quase 50 milhões

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Hoje o Brasil tem, oficialmente, 212 milhões de habitantes (dados de 2017). Em 2043, a população deverá ser de 235,5 milhões. E aí acabou a festa – em 2100 o Brasil deverá ter 165 milhões de habitantes, quase 50 milhões apenas do que atualmente. A projeção é de um estudo feito por pesquisadores da escola de Medicina da Universidade de Washington, publicado na revista científica The Lancet. Será um mundo diferente, com populações mais enxutas e idosas, e com trocas na força de trabalho entre os países para preencher as lacunas e necessidades.

Em 2100 também, segundo o estudo, a China não será o país mais populoso do mundo, deveno cair para o terceiro lugar. Portugal, Itália e Japão poderão ter suas populações reduzidas pela metade. Mais: cinco países africanos deverão estar entre os dez mais populosos. Atualmente, só a Nigéria está nessa lista. Os pesquisadores usaram novas fórmulas para prever taxas de natalidade, mortalidade e fluxos migratórios. E isso desafia previsões anteriores, que afirmavam que a população do mundo cresceria indefinidamente. Para eles, o pico de população mundial deverá acontecer em 2064, com 9,7 bilhões de pessoas. Em 2100, deverá ser de 8,8 bilhões – dois bilhões a menos do que o previsto pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Ainda segundo o estudo, a diminuição do número de filhos por família vai acontecer em 183 dos 195 países estudados, incluindo o Brasil. E essa diminuição será resultado do aumento do acesso à educação e a métodos contraceptivos. As mortes causadas pelo novo coronavírus, afirmam os pesquisadores, dificilmente vão alterar significativamente as tendências de longo prazo previstas para a população mundial. Outros fatores deverão influir no tamanho das populações dos países: meio ambiente, políticas públicas, economia e o modo de viver.

No Brasil já é sentida a diminuição da quantidade de filhos por família. O estudo aponta que a taxa de natalidade vai diminuir, mas que a média de vida do brasileiro vai passar dos atuais 76 para 82 anos. Resultado: uma população mais velha que a atual. Segundo os pesquisadores, o Brasil se manteria como a 8ª maior economia do mundo até 2050. Em 2100, outros estarão à frente, como Austrália, Turquia, Indonésia, Canadá e Nigéria. O Brasil então seria a 13ª maior economia. No mundo inteiro, segundo o estudo, a fatia da população com mais de 65 anos será bem maior que a com menos de 20 (ou 2,37 bilhões contra 1,7 bilhão), o que significa que haverá menos gente em atividade, o que reflete na economia.

O estudo é sério – foi financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates. Ele, o dono da Microsoft.

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A Editora Urbem faz parte do Grupo Novo Dia e edita livros de diversos assuntos e também a Urbem Magazine, uma revista periódica 100% digital.
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