O secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, anunciou na terça-feira (28) que o governo brasileiro comprou 100 milhões de doses da vacina de Oxford contra a Covid-19, que está na terceira e última fase de testes, sendo uma das mais avançadas do mundo.
Caso seja comprovada a eficácia da vacina, o primeiro lote com 15 milhões de unidades deve chegar em dezembro deste ano.
“Nessa encomenda está previsto o primeiro lote, para chegar em dezembro, e o segundo lote em janeiro. Muito em breve, se tudo der certo, nós teremos a vacina em dezembro com a ajuda de Deus e o esforço e trabalho de toda a comunidade científica”, afirmou o secretário.
O secretário explicou que serão 15 milhões de unidades em dezembro, 15 milhões em janeiro e as outras 70 milhões de doses devem chegar no Brasil em lotes sequenciais a partir de março de 2021.
Medeiros ressaltou que o país tem vantagem de poder produzir a vacina em território nacional, na fábrica Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz.
O governo brasileiro fechou o acordo com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca para obter a vacina contra Covid-19 no final de junho, assumindo os riscos da pesquisa, ou seja, pagou pela pesquisa mesmo sem ter a eficácia comprovada.
No valor total de U$ 127 milhões, o acordo inicial garantiu a entrega desses 30 milhões de vacinas que Medeiros afirmou que devem chegar em dezembro de 2020 e janeiro de 2021. Já as outras 70 milhões de doses serão compradas no valor estimado de US$ 2,30 por unidade.
Além disso, há outra vacina em testes no Brasil. Segundo o governador do estado de São Paulo, João Doria, a vacina contra a Covid-19 desenvolvida no Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac deve chegar em massa para a população em janeiro de 2021.