A Disney, maior potência de entretenimento do mundo, repensa sua estratégia para escapar da crise provocada pelo vírus
A Disney não é pequena. Tem parques temáticos, promove cruzeiros, tem hotéis, quatro estúdios de televisão e de quebra, produz filmes que são sucesso no mundo todo. O vírus agravou seus problemas, que começaram em 2017, quando comprou a 20th Century Fox por 52,4 bilhões de dólares – equivalente a 282 bilhões de reais. Tudo ia bem, até que a Comcast a forçou a pagar uma comissão de 34% no negócio, que acabou ficando em 71,3 bilhões de dólares.
Mas a Disney já havia feito outras compras. Em 2012, por exemplo, pagou o equivalente a 22 bilhões de reais pela produtora de George Lucas, a Lucasfilm, dona da série Star Wars. Desde então, a Disney é a que tem tem maior licenciamento de merchandising do mundo, faturando 51 bilhões de euros por ano. Mas então apareceu o vírus, e com ele a pandemia. Consequência: fechamento de 14 parques temáticos, que atraíam 157 milhões de visitantes por ano; fechamento de 42 mil quartos de hotel; estancou a produção de 70 shows programados para a TV; suspendeu quatro cruzeiros, onde levaria 13.400 pessoas; parou 29 produções teatrais no mundeo; segurou a construção da segunda ilha privada nas Bahamas e parou a construção de três embarcações para cruzeiros.
Nos primeiros três meses deste ano os lucros caíram 1,4 bilhão de dólares e Disney suspendeu 120 mil empregos, mais da metade em seus parques. Pelo jeito, a Força não está nem com Mickey nem com Pateta, e muito menos com o Pato Donald.