Após aplicarem a vacina experimental contra a Covid-19 em voluntários na Alemanha, a Pfizer e a empresa farmacêutica alemã Biontech SE anunciaram que começaram a testar doses também nos Estados Unidos na segunda-feira (4).
O ideia agora é realizar a vacinação em 360 voluntários norte-americanos com idade entre 18 e 55 anos para a primeira etapa do estudo, totalizando 8 mil voluntários, o que inclui pessoas mais velhas, de até 85 anos.
A análise está sendo conduzida na Universidade de Nova York, na Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, no Centro Médico da Universidade de Rochester e no Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati.
De acordo com as empresas, se tudo der certo, a vacina poderá estar pronta para a distribuição no EUA até meados de setembro.
Como funciona a vacina
O desenvolvimento da droga é baseado no material genético conhecido como RNA mensageiro, que carrega as instruções para as células produzirem proteínas. Ao injetar um RNA mensageiro projetado de maneira específica no corpo, ele poderia dizer às células como produzir a proteína spike (que permite ao Sars-CoV-2 infectar nossas células) sem que a pessoa fique doente.
Para os testes, os participantes serão divididos em grupos para comparar quatro variações da vacina, cada uma representando um formato de RNA mensageiro com instruções para criar uma versão diferente da proteína spike. Os médicos acompanharão de perto os níveis de anticorpos de cada participante, enzimas hepáticas e outros indicadores de possíveis efeitos colaterais.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) existem mais de 100 vacinas em desenvolvimento no mundo, com pelo menos oito já em testes em humanos.
