29.3 C
Jundiaí
sexta-feira, 26 abril, 2024

É pra calar a boca mesmo

spot_img

Boa parte dos coleguinhas de Imprensa se revoltou, protestou e esperneou porque o presidente Bolsonaro mandou um grupo de repórteres calar a boca. Fiquei intrigado. Sei que Bolsonaro é pavio curto, mas achei que havia algum exagero na história. Vi e revi o vídeo, divulgado em redes sociais, sobre esse episódio e acho que o presidente tem razão.

Bolsonaro estava desmentindo uma manchete tendenciosa da Folha de São Paulo, e explicando que o ex-superintendente da Polícia Federal do Rio estava sendo promovido a diretor, e que não havia interferido em nada. Repórteres mal preparados e mais mal educados ainda, passaram a interromper a fala do presidente com gritos em forma de perguntas. Ou perguntas em forma de gritos. Foi então que ele mandou que calassem a boca.

Entrevista se faz com educação, com profissionalismo e sem paixões políticas. O que se nota em parte da Imprensa dos dias atuais é falta de preparo e educação. Educação vem de berço, mas são raros esses berços. Boa parte vem de chocadeiras. E a formação do jornalista está um caos. Não se estuda como deveria, não se informa como deveria.

Escreve mal, tanto no estilo quanto na ortografia. Vai às entrevistas sem saber o que fazer, o que perguntar. Sem argumento algum. Uma espécie de Maria vai com as outras. Um analfabeto com crachá e credencial.

O caso do presidente ganhou repercussão nacional e até uma nota de repúdio da Associação Nacional de Jornais, a ANJ. Mas fatos assim se repetem diariamente. A má formação, a caótica formação, é só parte das atitudes de jornalistas tipo banana. A má intenção está presente em muitos episódios, seja por convicção própria seja a mando de seus chefetes.

A posição da Globo e da Folha de São Paulo é escancarada – a de derrubar o presidente. É a parte podre da Imprensa. São jornalistas e seus chefetes que ainda não engoliram a eleição de Bolsonaro. Vê-se também em parte da imprensa o destaque a tudo que pode prejudicar o governo. Lula, por exemplo, saiu da condição de ex-presidiário e ladrão condenado para dar opiniões em tudo o que o governo faz. E suas opiniões ganham espaço nesse tipo de imprensa.

Ministros do STF são elevados à condição de sábios e infalíveis quando questionam o governo. Até quando impedem uma nomeação. Ou dão prazo para o presidente explicar algum de seus atos. Ou atos que nem são seus, como a troca do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro. E aqui cabe lembrar que o STF tem 11 ministros. E dos 11, somente dois são juízes concursados de fato. Os outros nove estão lá por apadrinhamento, indicação, pouco importando se têm ou não conhecimento jurídico suficiente para estar na instância mais alta da Justiça.

Mas há jornalistas que os idolatram. Poucos denunciaram a compra milionária que o STF fez para sua cozinha, onde o menu sempre é à base de lagosta e camarão. Pouquíssimos denunciam suas mordomias, como assessores, motoristas, 15 salários por ano, férias de três meses e cargo perpétuo.

Deputados e senadores que atacam o governo também têm espaço garantido na mídia. Basta criticar que há uma espécie de garantia de foto na primeira página de jornal, ou entrevista na TV. Mostra bem que tudo funciona empurrado por paixão política ou interesse econômico. Nos governos que antecederam Bolsonaro não havia tanta crítica. Ou melhor, não havia crítica. Todos silenciados, omissos e com consciência comprada pelo dinheiro fácil da corrupção.

Resumo da ópera: melhor um presidente que manda jornalistas calarem a boca do que um presidente que cala a boca dos jornalistas com dinheiro público.

ANSELMO BROMBAL
Jornalista

Novo Dia
Novo Diahttps://novodia.digital/novodia
O Novo Dia Notícias é um dos maiores portais de conteúdo da região de Jundiaí. Faz parte do Grupo Novo Dia.
PUBLICIDADEspot_img

SUGESTÃO DE PAUTAS

PUBLICIDADEspot_img
PUBLICIDADEspot_img

notícias relacionadas