Todas as noites a alemã Gertrud Schop, de 60 anos, acende milhares de velas em homenagem as vítimas de Covid-19. Segundo ela, o gesto deve continuar “até que se encontre uma vacina”.
As velas arrumadas em formato de cruz são acesas para pessoas mortas pelo vírus. Cada vela representa um dos 8 mil mortos registrados na Alemanha desde o inicio da pandemia.
“Queria que as cifras do Instituto Robert Koch (especializado em doenças infecciosas no país) ganhassem visibilidade”, conta Gertrud, que é católica fervorosa.
“Estas cifras em uma folha de papel, uma estatística, não chegam ao coração como uma instalação que cresce a cada dia”, diz ela.
A iniciativa começou ainda no mês de março, e previa acender uma vela branca por pessoa infectada, além das vermelhas colocadas em homenagem aos mortos. Mas por conta do grande número de casos, Gertrud teve que abandonar o projeto inicial e, agora, homenageia apenas os mortos.
Apesar da pandemia estar deixando a Alemanha, país menos atingido em número de óbitos em relação aos vizinhos europeus, a idosa não pretende parar de somar velas diariamente. Ela vai continuar até que uma vacina contra o vírus seja descoberta.